Daviz Simango fala dos 40 anos da independência
Daviz Simango, actual edil da Beira e filho de um dos arquitectos da independência de Moçambique, morto pelos seus camaradas de armas algures em M´telela, no Niassa, não tem dúvidas de que 40 anos depois este não é o país que os pais, Uria e Celina Simango, sonharam.
“Penso que não é este o país que os meus país idealizaram, porque o país que sonharam não era de operação produção, de fuzilamentos em massa por pensar diferente”.
Entrevistado pelo SAVANA a propósito dos 40 anos da independência nacional, Daviz afirma que, alcançada a liberdade, em 1975, o país deveria ter tomado outro rumo, mas tal foi negado por “um grupo de moçambicanos, que por sinal estava connosco na luta de libertação nacional”, situação que acabou resvalando para uma guerra que durou 16 anos. Critica o que considera “exclusão política, económica e social” actualmente protagonizada pelos dois maiores partidos políticos, a Frelimo e a Renamo, e diz que não guarda mágoas dos que assassinaram os seus país e perseguiram-no quando frequentava as aulas numa escola algures no distrito de Búzi, em Sofala, onde se cantava “Uria Simango é reacionário”.
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