MAIS de 150 mil migrantes chegaram à Europa através do Mediterrâneo desde o início do ano, enquanto quase dois mil morreram durante a perigosa travessia, informou ontem (10) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Os números divulgados pela OIM surgem na mesma altura em que as Nações Unidas exigem “uma resposta colectiva e consequente da Europa” face ao drama dos migrantes.
Entre os destinos mais frequentes, o foco está agora na Grécia (nomeadamente nas muitas ilhas do país), que desde Janeiro já acolheu cerca de 77 mil pessoas, mais do que durante todo o ano de 2014.
“Em média, mil pessoas desembarcam diariamente nas ilhas gregas, na maioria fugindo da guerra na Síria”, indicou William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
“O número de chegadas é tão grande que apesar de todos os esforços as autoridades e as comunidades locais não conseguem mais enfrentá-las”, completou Spindler.
“A Grécia precisa de ajuda de forma urgente por parte da Europa”, destacou.
Macedónia e Sérvia, por onde costumam passar os migrantes que chegam à Grécia na sua viagem para o norte da Europa, também precisam de ajuda, segundo o porta-voz do ACNUR.
Itália, até agora destino privilegiado dos barcos sobrelotados de migrantes, recebeu 75 mil pessoas desde o início do ano.
Ontem a Guarda Costeira italiana anunciou que resgatou 823 migrantes e recuperou 12 corpos na quinta-feira (9) em oito operações de salvamento em alto-mar.
Alemanha e França anunciaram na quinta-feira que receberão quase um terço dos 60.000 migrantes a que a União Europeia prevê conceder asilo, com o objectivo de ajudar Itália e Grécia, os dois países que estão na linha de frente da onda migratória.
NOTÍCIAS V- 11.07.2015