Receio de ataques durante a visita de Nyusi?
O Governo tem estado a enviar para a província de Tete, no centro de Moçambique, agentes das Forças de Defesa e Segurança, que incluem batalhões da Unidade de Intervenção Rápida e agentes do SISE “Serviço de Informação e Segurança de Estado), que actualmente funciona como serviço de inteligência do partido Frelimo contra os cidadãos e os partidos da oposição. Segundo apurou o “Canalmoz” de fontes do Comando local, a missão é desactivar as bases da Renamo naquela província. A Renamo tem infligido baixas consideráveis às tropas governamentais em todas as tentativas de assalto a essas bases.
Uma outra fonte disse-nos que o batalhão que chegou a Tete na semana passada tem em vista fazer um trabalho de campo para evitar que haja ataques armados durante a visita de Nyusi a Tete, que está agendada para breve.
Na província de Tete existem importantes bases militares da Renamo. Recentemente, as tropas governamentais programaram, por três vezes, assaltos às referidas bases, mas, em todas as ocasiões, os próprios efectivos das Forças de Defesa e Segurança, que não concordam com o método, passaram informações aos militares da Renamo, que prepararam emboscadas e neutralizaram as forças governamentais.
A tentativa de assalto mais recente a uma base da Renamo ocorreu no dia 27 de Junho. A UIR tentou assaltar a base da Renamo em Mojo, no distrito de Tsangano. Os homens da Renamo foram informados do plano e montaram uma emboscada. Um grupo de agentes da UIR, armados e disfarçados de comerciantes tentaram fazer o reconhecimento da zona. Os guerrilheiros da Renamo já sabiam do plano e só tiveram de ficar à espera. Sabiam até a roupa que os agentes da UIR vestiam. Os agentes da UIR simularam querer comprar feijão. A população que convive com os homens da Renamo naquele povoado deu informações erradas sobre a localização da base. Quando iam em direcção à suposta base, os agentes da UIR foram recebidos a tiro e ficaram encurralados. No confronto, quatro agentes da UIR ficaram feridos. Um deles, de nome Nelson Joaquim Sengo, contraiu ferimentos mais graves. Levou três tiros, no ombro, na cintura e no pé, e foi internado na companhia dos seus colegas no Hospital Provincial de Tete.
O “Canalmoz” foi ao Hospital Provincial de Tete e, de facto, encontrou os agentes feridos. O ferido mais grave estava internado na “Cirurgia 1”, cama 30. (José Pantie, em Tete)
CANALMOZ – 09.07.2015