A companhia mineradora australiana Metals of Africa anunciou que conseguiu produzir grafeno com sucesso a partir de material extraído no seu projecto de Montepuez Central, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O projecto está localizado perto da concessão de Balama, pertencente a companhia Syrah Resources, que possui o maior depósito conhecido de grafite no mundo, estimado em 1,15 biliões de toneladas.
Segundo a Metals of Africa, foram testados três processos, tendo o método térmico produzido resultados similares ao do grafeno sintético. A Metals of Africa afirma que este método é simples e escalável.
Comentando sobre o assunto, o director-geral da Metals of Africa, Cherie Leeden, afirma que o facto de a nossa grafite ser capaz de produzir óxido de grafeno é extremamente excitante. Os testes laboratoriais confirmam que a qualidade do nosso grafeno é equiparável ao grafeno produzido sinteticamente, que é um material muito valioso e com inúmeras aplicações, particularmente na produção de baterias e na área energética.
O grafeno é considerado um material milagroso, devido as suas propriedades especiais. Também é o material mais forte que já foi descoberto até agora e com um enorme potencial para seu uso na indústria de produtos electrónicos.
Em 2010, os Professores Andre Geim e Kostya Novoselov, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, foram distinguidos com o Prémio Nobel de Física pelo seu trabalho com o grafeno.
A Universidade de Manchester acolhe o Instituto Nacional de Grafeno, que é financiado pelo governo britânico e a União Europeia.
Aquela instituição do ensino superior também está a trabalhar com a indústria para desenvolver usos comerciais do grafeno.
jhu/sg
AIM – 31.07.2015