O EX-PRESIDENTE Lula da Silva pediu sábado (18) a suspensão do inquérito que o investiga por tráfico de influências, alegando que houve irregularidades na abertura do processo.
Lula da Silva é investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília por supostamente favorecer a construtora Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na “Operação Lava Jato”, a obter contratos durante viagens para África e na América Latina entre 2011 e 2014, quando já não era chefe de Governo.
“Diante do espanto da abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), sem nenhum indício de crime (…), e pelas diversas irregularidades na abertura do PIC, os advogados do ex-Presidente (...) apresentaram uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional do Ministério Público”, informou o Instituto Lula, em nota.
Além de pedir a suspensão do inquérito, os advogados de Lula solicitaram a avaliação da conduta do procurador Valtan Furtado, que pediu a abertura do PIC.
Segundo o Instituto Lula, o procurador violou deveres funcionais por interferir num apuramento preliminar que estava a ser conduzido pela procuradora titular e por ter ignorado a manifestação de defesa do ex-Presidente.
Enquanto isso, um relatório elaborado pela Polícia Federal (PF) divulgado sábado pelo jornal online “O Globo” revela que o empresário Marcelo Odebrecht, presidente da maior empresa de construção do Brasil, organizou um jantar em São Paulo a pedido de Lula da Silva, no qual participaram alguns dos mencionados na “Operação Lava Jato”.
A “Operação Lava Jato” investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, no qual empresas teriam formado um cartel para vencer contratos de obras da estatal. Em troca teriam pago “luvas” a funcionários da empresa, operadores que “lavariam” o dinheiro do esquema, políticos e partidos.
NOTÍCIAS – 20.07.2015