Maguluti
Por Francisco Rudolfo
TPC para Reunião Nacional de Planificação do MENDH
O matutino “Notícias”, da capital moçambicana, anunciou a realização da Reunião Nacional de Planificação do MENDH (Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano) iniciou em Maputo, na Quarta-feira e se prolongará até Sexta-feira (10).
Uma Reunião Nacional de Planificação do Ministério do Professor Jorge Ferrão, mexe com tudo se tivermos em linha de conta que a “Educação” um dos sectores nevrálgicos para o nosso desenvolvimento. Da reunião sairão decisões que mexem com os “Pais e Encarregados”, que no que diz por exemplo do ano lectivo e “exames”.
Já há muito estava nos planos de Maguluti, este repto: Nas Escolas do País - Ensinem a “Gramática Portuguesa”, por favor…
É isso mesmo, senhores “doutores pedagogos”, que estão ai reunidos. Entre os vossos “debates quentes” levante a questão da introdução de gramática nas escolas, desde a Primária até ao Ensino Secundário.
Esta “Pátria Amada”, de Mondlane, de Samora, de Chissano, de Guebuza e de NYUSI, completou os seus 40 anitos, naquela bela cerimónia comemorativa no Estádio da Machava, com o pano de fundo com NYUSI ladeado de Chissano e Guebuza, junto à tocha, saído de Nametil, para acender a “Pira Olímpica”. Esta “Pátria Amada” – dizia, tem professores Doutores, Pedagogos, Panificadores, etc. que são orgulho desta geração toda, desde a de “25 de Setembro” até à “Geração 8 de Março”, que poderia em nosso modesto entender, ter produzido “Gramática Portuguesa”, para os meninos da “Primária” e para os mais antigos “Ensino Secundário”.
Na verdade, um aluno que não domina a língua que utiliza para a sua aprendizagem, tem muitas dificuldades de assimilação das matérias que são leccionadas, em todas as classes.
Por isso, a introdução da “Gramática Portuguesa” deve ser questão a ponderar, por parte desses cérebros da Educação, pelas razões que anteriormente nos referimos.
Se por um lado a “Gramática Portuguesa” tem o papel fundamental, não deixa de ser importante a introdução, por outro lado, de acordo com os níveis, a “Gramática Inglesa” e a “Gramática Francesa”.
Brevemente teremos de ter em conta a “Gramática Chinesa”, já que não temos que fugir com o rabo à seringa, porque o “investimento chinês” em Moçambique vai exigir o vaivém dos chineses para Moçambique e dos moçambicanos para a China.
Teremos de “ensinar Chinês” nas Escolas um dia, por ser uma das maiores economias a breve trecho. Muitos empresários sentem já a necessidade de conhecimento da língua chinesa.
Não vou aqui referir às gramáticas em línguas nacionais: Gramática “Changana/Ronga”, em “Guitonga/Bitonga”, em “Chope”, em “Ndau”, em Sena” em “Nhúguè”, em “Emakua”, em “Shuali”, etc..
Defendia o saudoso Gabriel Simbine, do ARPAC, a introdução de línguas nacionais (ensino bilingue), assim como a opção por transmissão de programas nas televisões em línguas nacionais.
Dá mesmo para dizer: “água mole em pedra dura tanto, bate até fura”. Gabriel Simbine não está entre nós, mas os noticiários já estão aí na nossa teveême.
Já viu o que pode caplutar o noticiário em “línguas nacionais”?... Cumpriu-se a “profecia…”
Não obstante a Reunião de Planificação ter agenda rígida, julgamos que fica aqui o TPC para o Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano para ponderar nas futuras reuniões.
DIÁRIO DO PAÍS – 09.07.2015