O Presidente da República, Filipe Nyusi, condenou hoje os ataques que estão sendo protagonizados pelos homens armados da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, em algumas regiões de Tete, sublinhando que esta província não deve ser o centro de treinos para confusões.
Falando em Manje, sede do distrito de Chiuta, durante um comício que orientou no âmbito da sua visita de trabalho de quatro dias à esta província, localizada no centro de Moçambique, Nyusi recordou que Tete fez guerra contra o colonialismo português para se libertar e conquistar a independência.
Isso que estamos a ouvir por aí tem que parar. A população não deve permitir que alguém saia do seu distrito, onde vive bem, para vir fazer guerra aqui em Tete, vincou o Chefe de Estado moçambicano.
Realçou que a população de Tete quer paz. Aliás, durante o comício, este sentimento foi a nota dominante e que foi testemunhado pela mensagem dos residentes de Manje apresentada ao Chefe de Estado e que repudia estes actos.
Tete quer paz. Não permitam qualquer que seja o indivíduo que venha aqui criar distúrbios. Ninguém vos pode enganar para fazer guerra, apelou Nyusi, num tom vigoroso.
O Chefe de Estado reagia aos últimos relatos que indicam a ocorrência de ataques, sobretudo na região norte de Tete, particularmente nos distritos de Tsangano e Moatize, que forçaram as populações a abandonar as suas residências para se refugiarem no vizinho Malawi.
Um dos últimos ataques terá ocorrido na última sexta-feira, no posto administrativo de Zóbuè, distrito de Moatize. Como resultado, cerca de 100 pessoas procuraram refúgio no Malawi, segundo noticiou, na altura, a Rádio Moçambique.
O ataque resultou também na destruição de casas e celeiros.
Este não é o primeiro ataque da Renamo no distrito de Tsangano, onde a Renamo teima em manter uma das suas principais bases militares, não obstante o acordo de Cessação de Hostilidades Militares assinado a 25 de Setembro de 2014 e que contempla, entre outras acções, a desmilitarização das forças residuais deste do antigo movimento rebelde em Moçambique.
Há cerca de um mês, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu ter autorizado um ataque contra as forças de defesa e segurança moçambicanas, alegadamente para evitar que estas atacassem as posições dos seus homens armados.
DT/SN/SG
AIM – 29.07.2015
NOTA: Quem acredita se foi ou não a Renamo que atacou? Ou esta é que foi atacadafoi atacada? Até quando os jornalistas moçambicanos (salvo honrosas excepções, muito poucas) se deslocarão à zona para que a verdade seja conhecida?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE