Algo todos estão saturados de ouvir repetidamente os mesmos discursos sobre os mesmos temas, promessas em palavras e sem efeitos na realidade que vivemos no quotidiano.
O que diz a Constituição sobre a agricultura? O que apregoam todos os discursos do distrito à nação sobre a revolução verde? O que ensinam todos os dados e indicações estatísticas acerca das carências alimentares previsíveis num futuro próximo para Humanidade? O que constatamos sobre as bolsas de fome no nosso país, as importações de cereais, hortícolas, vegetais, legumes, batata e arroz que tanto custam ao erário nacional?
Quais as realidades?
Mataram-se as Casas Agrárias, quer nas zonas verdes urbanas, quer no campo. A elas estava confiada a missão:
De distribuir insumos, das sementes aos pesticidas e adubos;
Ensinar o produtor a produzir os adubos orgânicos e a usá-los, em vez de queimar o capim, as folhas, a palha do coco, deitar fora o estrume dos animais;
Transmitir conhecimentos para sucessivamente passar-se à tracção animal e depois à mecânica;
Construir açudes e pequenas barragens para irrigar as terras, prevenir as inundações e minimizar os efeitos das secas;
Integrar em actividades produtivas os técnicos agrários, os agrónomos e veterinários, em fez de os deixar apodrecer nos trabalhos da burocracia.
Reconheço que para concebermos as Casas Agrárias muito vimos e aprendemos do que o apartheid fez para promover os agricultores boers. Dava-lhes ensinamentos, comprava e processava a produção em todos os distritos e, ao comercializar, uma parte do lucro revertia para quem vendera o milho, o trigo, a batata etc. Quisemos, começamos e depois os de fora do país mandaram parar. A Grécia começou aqui! Obedecemos a Bretton Woods e a Europa, para nosso mal.
Comida, paz e segurança fazem parte das exigências mínimas de qualquer sociedade e das pessoas.
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