As autoridades moçambicanas realizaram ontem, na pista de automobilismo da Costa do Sol, a incineração de 2434 kg de marfim (2198 kg em bruto e 615 kg trabalhados) e de 86 peças de corno de rinoceronte (193 kg), carapaças de tartarugas, crânios e chifres de búfalos, utensílios feitos com carapaças de tartarugas, num acto que foi presenciado por diversos representantes do Governo, da Justiça, do Corpo Diplomático, de organizações nacionais e internacionais de protecção do ambiente e da imprensa.
São peças provenientes da caça furtiva nas províncias de Niassa, Cabo Delgado e Tete, no Parque Nacional do Limpopo e no Kruger Park. O acto deverá durar no máximo dois dias. No local, foi montado um dispositivo de segurança, que inclui câmaras de videovigilância, para evitar qualquer extravio das peças ou uma eventual retirada do fogo durante as 48 horas que se prevê que dure a incineração.
O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, que dirigiu o acto, disse que este surge na sequência de um processo iniciado pelo Governo, que seguiu os procedimentos de oficialização pela PGR, certificação e qualificação das peças.
“Claro que não se trata de uma vitória, porque os animais são importantes com vida. Mas é um sinal que damos à sociedade e ao mundo sobre o grau de tolerância que damos à caça furtiva”, disse o ministro Celso Correia, que apontou a necessidade de transmitir capacidade à população para se envolver no combate ao crime de caça furtiva.
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