A Renamo denunciou o que considera ser discriminação praticada pela Rádio Moçambique contra os deputados da oposição, particularmente os da sua bancada. Segundo a Renamo, a Rádio Moçambique não está a ser isenta nem imparcial na forma como reporta os assuntos do parlamento.
Trata-se de intervenções feitas no parlamento sobre os 40 anos da Independência Nacional. Os deputados da Frelimo fazem uma avaliação positiva, e a oposição não.
“A Rádio Moçambique está a publicitar as comunicações dos deputados Hama Thai e Mucanheia e põe de lado as comunicações dos outros colegas deste parlamento, como se os deputados da Frelimo fossem os únicos que pagam impostos e taxa de radiodifusão neste país”, disse o deputado da Renamo, Carlos Manuel, que, na presença do primeiro-ministro e dos outros membros do Governo, afirmou também: “É tempo de usarmos todos os meios de que dispomos para pararmos com abusos perpetrados pelos funcionários da rádio pública contra os membros dos órgãos de soberania”.
José Manteigas, também deputado da Renamo e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, que viu a sua comunicação ser posta de lado pela Rádio Moçambique, condenou a atitude daquela rádio. Segundo Manteigas, a Rádio Moçambique deve passar a ser “imparcial, informadora e formadora da opinião pública.” “Lamentamos que a nossa rádio pugne por discriminar”, sublinha. Segundo José Manteigas, ao proceder assim, a Rádio Moçambique faz passar a mensagem de que existem deputados de primeira e deputados de segunda.
O “Canalmoz” tentou entrar em contacto com o director de Informação da RM, António Bernardo Cuna, mas não conseguiu. Queríamos ouvi-lo sobre a denúncia da Renamo, mas Cuna não atendeu o celular. (André Mulungo)
CANALMOZ – 07.07.2015