Quando a prosperidade não passa de um discurso ilusório
Em Moçambique, mais de oitocentas mil pessoas enfrentam problemas de fome, em consequência da seca que se faz sentir em todo o país. O facto foi anunciado ontem em Maputo pelo porta-voz do Governo, no fim de mais uma sessão do Conselho de Ministros realizada na capital.
O porta-voz do Governo, Mouzinho Saíde, explicou que as províncias de Niassa, Tete, Gaza e Inhambane, incluindo as regiões costeiras do centro e do Sul do país, são as mais afectadas.
O Governo diz que está a fazer o acompanhamento da situação, com a realização de actividades para reduzir os efeitos da seca. As actividades consistem em abrir furos para a captação de água, fornecimento de bens de consumo e realização de feiras agrícolas.
Segundo os cálculos do Governo, nas províncias de Inhambane e Gaza há cerca de 150.00 pessoas afectadas pela fome. As intervenções que estão a ser realizadas têm o envolvimento do sector privado.
Mouzinho Saíde diz que a acção do Governo varia em função das necessidades de cada região.
Há estudos que indicam que os fenómenos da seca e da desertificação no país estão relacionados principalmente com as condições de pobreza e o nível de vida da população.
Questões de ordem social, económicas, culturais, fome, migrações e falta de água potável estão intimamente ligadas à degradação dos solos. (Eugénio da Câmara)
CANALMOZ – 05.08.2015