As obras de reabilitação e ampliação da Estrada Nacional 6, que já deviam ter começado, estão atrasadas, devido à falta de saibro e areia para terraplanagem da estrada nas regiões consideradas críticas na província de Sofala. Trata-se de um troço de aproximadamente 300 quilómetros, que liga a cidade portuária da Beira, na província de
Sofala, à vila fronteiriça de Machipanda, na província de Manica, cujas obras estão a cargo de um empreiteiro de origem chinesa denominado “AFEK”, que já está instalado no local.
Segundo Agostinho Raiva, coordenador do projecto de reabilitação da estrada que liga as duas províncias, Manica e Sofala, as obras estão atrasadas por não se encontrar uma zona propícia para a extracção do saibro e da areia para o processo de terraplanagem da via.
Os empreiteiros das obras estão neste momento empenhados no alargamento e construção de pontes no distrito do Dondo, na região do rio Púnguè, e no distrito de Nhamatanda, na região de Tica, que são zonas propensas a cheias no período chuvoso.
Enquanto decorrem estas obras, o Governo tem a tarefa de identificar a região onde se vai extrair o saibro e a areia para o processo de terraplanagem da estrada até ao término das obras, conforme assegurou o coordenador das mesmas.
O empreendimento deverá ser executado num período de três anos, e as obras estão orçadas em cerca de 400 milhões de dólares norte-americanos.
Segundo o projecto, o trabalho vai culminar com o alargamento de parte da faixa de rodagem, sobretudo entre as cidades da Beira e do Dondo, num troço de cerca de 30 quilómetros.
Com tal intenção pretende-se que, no final das obras, haja uma maior fluidez no acesso de camiões ao recinto portuário da cidade da Beira.
Actualmente circula uma média diária de 600 veículos automóveis de e para os tradicionais utilizadores, que são o Zimbabwe, o Malawi, a Zâmbia e a República Democrática do Congo.
As obras vão consistir também em alguns aterros para o levantamento da costa na plataforma, sobretudo na baixa do rio Púnguè, concretamente entre as zonas de Tica e Mutua, nos distritos de Nhamatanda e do Dondo.
Além disso, vão ser construídas ou substituídas obras de arte compostas por pontes e pontões que se apresentam em estado avançado de degradação ao longo de todo o troço da estrada.
Tudo isto acontece numa altura em que esta via se encontra desde há algum tempo sem o funcionamento da báscula no Dondo, devido a avaria do equipamento.
A montagem do novo equipamento, adquirido no ano passado na África do Sul, sofreu um acidente, estando em curso esforços para que o mesmo fornecedor proceda à sua reinstalação o mais cedo possível. (José Jeco)
CANALMOZ – 28.08.2015
NOTA: Não me digam que os “colonos” não deixaram também a areia e o saibro. Como uma fauna e flora ricas. Ou será que os chineses também, à falta de madeira ou cornos de rinoceronte ou pontas de elefante, agora estão a levar saibro e areia?...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE