Grande parte dos mais de 100 mortos estão esta manhã a serem enterrados de forma desumana em valas comuns no cemitério de Chitatsa
O banho de sangue voltou a estar na ordem do dia na terra do Nyau Tete. Depois do grande fracasso das operações anteriores, algumas grandes unidades das FDS ficaram encurraladas no na zona de Monjo/ Ndande e estavam sem assistência logística há varias semanas visto que as forças da Renamo decidiram interditar a via para impedir as acções violentas das FDS contra a população local que culminava com a queima de palhotas e celeiros bem como a apreensão de diversos bens valiosos e violação de mulheres.
Para socorrer as tropas bloqueadas as FDS organizaram ontem dia 22/8/2015 uma grande operação de resgate mobilizando 200 homens fortemente armados que se faziam transportar em 6 camionetas escoltadas por 2 blindados.
A imponente coluna avança para o interior mas sofre uma emboscada a 60 km de Mondjo por volta das 10.00 mas apesar de algumas baixas sofridas o grupo resistiu ao rápido ataque e depois de alguns minutos de confusão seguiu em frente mas caiu numa outra desta vez pesada emboscada por volta das 11.30 e a coluna sofreu grandes perdas. Depois do ataque os militares decidiram abortar a operação devido ao elevado número de baixas mas enquanto recuavam sofreram mais dois ataques e no último as 16.30 a coluna foi desbaratada e as poucas unidades remanescentes fugiram em debandada abandonando o equipamento mas os homens do BTR conseguiram escapar do massacre por terem conduzido mesmo com os pneus furados mas 2 camionetas ficaram no terreno. Mais de 100 militares morreram e alguns ficaram feridos. Todas as armas, entre morteiros, bazucas e metralhadoras foram abandonadas e recolhidas pelas perdizes. As equipas de socorro só conseguiram ir ao local por volta das 21 horas de ontem depois de "negociações superiores" mas dezenas de corpos ainda jazem nas matas e os cadáveres recuperados estão sendo enterrados no cemitério de Chitatsa (que fica mesmo ao lado do quartel das FIR em Moatize) em dezenas de valas comuns com 5 cadáveres cada depois de serem metidos numa espécie de sacos de milho e etiquetados com números . Os familiares dos mortos certamente não estão informados da sorte dos seus entes queridos. O normal seria depositar os corpos em morgues para posterior entrega a família. Mais um crime hediondo da Frelimo contra os seus próprios servidores...
Unay Cambuma
In https://www.facebook.com/unay.cambuma?fref=ts
NOTA: Não admira pois que Nyusi se tenha hoje “ajoelhado”…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE