Moçambique para todos

Dialogando por João Craveirinha no Jornal Autarca

FALAR MAL POR FALAR, SERVE PARA ALGUMA COISA?

Com o advento e expansão das redes sociais, têm recrudescido as falas de escárnio e maldizer, a torto e a direito, sem fundamento expressivo, abalizado, sobre determinada liderança do país X ou Y. Porém, nos difíceis tempos das ditas duras in loco, muitas vozes que hoje clamam por transparência política e contra a corrupção, se acoitavam na bajulice oportunista a esse determinado regime político. A minoria das minorias, que explicitamente demonstrava o seu descontentamento era marginalizada socialmente, e em alguns casos sofrendo consequências dessas posturas de lucidez avançadas no tempo. Ter consciência política e procurar ser lúcido, nesses tempos da peste ideológica, era crime de anti-patriotismo. Por um lado, a prática actual de falar mal de alguns países e de seus dirigentes, só por falar e à cómoda distância cibernética, muitas vezes anónima, não será mérito nos dias de hoje e é uma perda de tempo. É como se o jogo estivesse viciado à partida.

Leia tudo em Download Autarca_JC_18 08 2015

Moçambique – enxertar uma crosta saudável não cura a ferida

Canal de Opinião por Noé Nhantumbo

Nem “Jogos Escolares” nem Visitas de Estado curam as feridas.

O PR, Filipe Jacinto Nyusi, inaugurou os Jogos Desportivos Escolares, cujo lema é sobejamente conhecido em Moçambique.

De unidade propalada a unidade vivida, os moçambicanos estão ainda esperando.

Deslocações de Estado ao estrangeiro têm sido várias, mas isso não traz dividendos, se considerarmos que perdões de dívida diminutos e promessas de investimento que não se concretizam não é o que o país quer ou deseja neste momento.

Ao mesmo tempo que o PR faz o seu trabalho segundo uma agenda aconselhada e decidida nos altos círculos do seu partido e assessoria, o líder da Renamo faz as suas visitas internas na região centro-norte do país e transmite as suas mensagens com teor cada vez mais bombástico e mediático.

São duas forças remando em direcção diferente, e isso obviamente que não é bom para o país e os moçambicanos.

O PR avança com mensagens de conteúdo misto, ora dizendoque é pela inclusão, ora dizendo que autonomia ou autarquias provinciais são contra a unidade nacional, e que só irá fazer aquilo a CRM prescreve.

Afonso Dhlakama afina e refina o seu discurso numa clara perspectiva de agradar ao seu eleitorado e ganhar capital político. As últimas novidades referem-se à construção de quartéis provinciais, e isto, em si, não é novidade, porque num passado recente já havia falado de reorganização das suas estruturas de comando ao nível do país. O que é novidade e uma preocupante realidade é que as hostilidades estão regressando de forma concreta e já ceifando vidas, conforme tem sido noticiado ou revelado principalmente nas redes sociais.

STV-Noite Informativa(parcial)_17.08.2015(video)

Perto do rio dos ‘Bons Sinais’ de Vasco da Gama

Vou preferindo o sentido atribuído à vida e ao tempo que passam pelas pessoas comuns antes que os mais velhos se desliguem da vida e, com eles, as suas subjetivas e indiscutíveis verdades.

Caminhei cerca de oito quilómetros a pé da ‘cidade de cimento’ de Quelimane ao bairro periurbano da Madal, no norte de Moçambique. Passada a primeira povoação, continuei na única estrada de terra batida ladeada por mangais despovoados. Ao início da manhã havia muita gente a caminhar em sentido contrário em direção à cidade. Iam a pé e sobretudo de bicicleta, muitas fazendo de ‘táxi’. Também circulavam umas poucas motorizadas. Em qualquer caso, algumas transportavam sacos com sal, farinha, carvão, milho, amendoim, fardos de lenha, havia um cabrito rechonchudo torturado a cordas contra o suporte da bicicleta, entre outros bens que, em geral, iriam ser negociados nos mercados da cidade. Como eu e o guia que me acompanha, poucos eram os que ao início da manhã se afastavam da cidade. Entre esses, uns quantos transportavam bens trazidos da cidade: tábuas polidas, portas de casas, grades de bebidas como a ‘2M’, a cerveja nacional, entre outros.

Entretido com a paisagem, a caminhada, o movimento ou a conversa, a certo passo alertou-me um sinal do poder estado, ou melhor, da sua ausência. Atravessava uma ponte metálica, herança colonial que passa por cima de um dos afluentes do rio. Junto à margem oposta havia um pequeno engarrafamento. Ora passavam os de um sentido, ora os do sentido contrário. De perto vi que naquela parte só é possível prosseguir a pé porque o tabuleiro da ponte fica reduzido a uma largura pouco maior do que a de uma das vigas metálicas. Bicicletas e motorizadas têm de ser levadas pela mão. Algumas das cargas exigem destreza aos que as transportam porque o risco de queda não deixa dúvidas. Daí a ausência de carros ou camiões naquele circuito.

DIÁLOGO POLÍTICO/ RENAMO APRESENTA PROPOSTA SOBRE QUESTÕES ECONÓMICAS

A delegação da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, colocou hoje na mesa do diálogo político com o governo a sua proposta para a discussão do quarto e último ponto da agenda referente as Questões Económicas.
Introduzimos, em pormenores, o quarto ponto da agenda que até aqui é o último acordado entre a Renamo e o Governo e, neste ponto, apresentamos vários aspectos que pretendemos defender”, disse o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, no término da 114ª ronda do diálogo, havida hoje em Maputo.
A agenda do diálogo, que se arrasta há mais de dois anos, inclui o Pacote Eleitoral, a Despartidarização do Aparelho do Estado, Questões Militares e Questões Económicas.
Entretanto, até então, apenas foi alcançado pleno consenso no primeiro ponto referente ao Pacote Eleitoral.
Na proposta, segundo Macuiana, a Renamo defende que não deve continuar a existir a partidarização do aparelho do Estado, pois todos os bens e recursos públicos devem ser partilhados de forma equitativa por todos moçambicanos.
Não deve continuar o princípio segundo o qual só aquele que tem cartão vermelho do partido Frelimo, actual partido no poder, pode ter acesso aos recursos, disse o chefe da delegação da Renamo, acrescentando que a nossa proposta é que todos moçambicanos, em especial membros da Renamo, devem se beneficiar desses recursos.
Entretanto, o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, defende que o documento apresentado pela Renamo é redundante e mostra pretensões de partidarizar as discussões sobre as Questões Económicas.

Dlhakama chama seus desmobilizados para definirem estratégias de resposta

O líder da Resistência Nacional Moçambicana Renamo, Afonso Dhlakama chega amanhã, terça-feira a capital provincial da Zambézia, Quelimane.

Segundo avançou numa entrevista ao Diário da Zambezia, Abdala Ossifo Delegado Provincial da Renamo na Zambézia disse que, Afonso Dlhakama sai de Tete e vem a Zambézia para orientar uma conferência nacional que vai reunir todos desmobilizados de guerra desta formação política nos dias 20 e 21 do mês em curso. Quando o questionamos qual será o pano do fundo desta conferência, Ossifo disse não ter conhecimento mas logo que terminar, no sábado o líder irá orientar um comício popular no campo da Sagrada Família, onde vai anunciar aquilo que foram as decisões tomadas neste encontro com os desmobilizados. Abdala disse não constituir verdade, a informação segundo a qual Dlhakama ira se reunir com desmobilizados de guerra do seu partido e da Frelimo tendo dito que, a conferência é mesmo direccionada para os desmobilizados da perdiz. Refira-se que o líder do maior partido da oposição em Moçambique tem vindo a fazer périplos pelas províncias do centro do pais e explica a população que ele já esta governar nas províncias onde venceu as eleições de Outubro do ano passado. (António Munaíta)

DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 17.08.2015

EDITORIAL: Presidente Nyusi faz traficância política na media

Alain WOODROW (1996:14) já dizia que por dinheiro, os profissionais de comunicação são objectos de solicitações. Eles, “menos escrupulosos fazem pagar a sua influência, aceitam presentes e acabam por trair a sua missão”, de informar. “Em vez de informar honestamente o público que lhes paga, preferem servir os interesses do establishment, que os remunera a segunda vez", ignoram a comunicação desinteressada e incómoda e enveredam pela informação cómoda e previamente peneirada segundo os critérios de actores políticos.

Este intróito surge na sequência de o Presidente da República, Filipe Nyusi, ter conferido posse, na semana passada, a jornalistas de órgãos públicos, nomeadamente Sacour Latipo, Suzana Espada e Pedro Nacúo, como parte dos novos membros do Conselho Superior de Comunicação Social (CSCS). Mesmo se tivessem sido indicados profissionais de um dos ditos órgãos independentes/privados a coisa só mudava de figura em termos da proveniência, mas, na realidade, uma vez lá dentro, o espaço de manobra seria bastante exíguo e seriam todos reduzidos a jornalistas ao serviço do poder político.

O contexto que ditou a indicação de Sacour Latipo, Suzana Espada e Pedro Nacúo não só é suspeito dada a relação umbilical e uma certa promiscuidade que há 40 anos caracterizam a "cooperação" entre a Televisão Moçambique, a Rádio Moçambique, o Notícias e o Governo, como, também, esclarece muitas coisas em torno do facto de o jornalista da imprensa pública ser ou não um legítimo intermediário entre o Executivo e a sociedade. Será este um sinal de que "ser jornalista é pertencer um uma máfia controlada pelo poder político"?

Nunca houve dúvidas de que as traficâncias políticas do partido de Filipe Nyusi imperam em todos os meios de comunicação cujo funcionamento dependem dos nossos impostos. O que ainda não estava devidamente esclarecido, é que o regime tem uma tamanha apetência em controlar, a todo o custo, as mentes de jornalistas e as suas instituições para melhor poder manipular e os jornalistas deixam-se levar... Há todo um interesse de se transformar jornalistas, quanto maior for o número para melhor, em máquinas activas de combate político?

Guiné-Bissau: Oldemiro Baloi muito preocupado com a situação política

O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, manifestou-se no fim-de-semana muito preocupado com a situação na Guiné-Bissau, imputando ao ego dos políticos guineenses a responsabilidade pela crise.

 "Moçambique olha com muita e muita preocupação", afirmou Baloi, citado pelo diário Notícias, falando em Gaberone, capital do Botsuana, onde se encontra a participar na 35ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O chefe da diplomacia moçambicana acusou alguns políticos bissau-guineenses de sobreporem os seus interesses pessoais aos do povo, realçando que a política é para servir e não para se servir dela.

"Aqui, não vou entrar em detalhes mas, de facto, é uma situação muito triste que os egos das pessoas se sobreponham aos interesses de um país sofrido. É bastante lamentável, mas sabemos onde está o problema", realçou Oldemiro Baloi.

A actual crise na Guiné-Bissau, assinalou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, mostra que os militares foram sempre usados pelos políticos na instabilidade que atingiu o país no passado.

DHLAKAMA ANUNCIA OFICIALMENTE A CRIAÇÃO DE QUARTÉIS NAS CAPITAIS PROVINCIAIS

O Presidente da Renamo Afonso Dhlakama, anunciou oficialmente no dia 16 de Agosto de 2015, na cidade de Tete, a instalação de quartéis nas capitais provinciais para defender os interesses da população.
Dhlakama disse em outro desenvolvimento que os comunistas devem baixar a cabeça e encorajou a população a sentir-se a vontade. Em relação a polícia que desapareceu na escolta do líder do povo sem deixar rastos, Dhlakama disse que já não quer ver a polícia da Frelimo em sua frente.

In https://www.facebook.com/unay.cambuma?fref=ts

Dhlakama em Tete em 16.08.2015

DHLAKAMA ESTÁ IMPARÁVEL MILITARMENTE

Centelha por Viriato Caetano Dias ([email protected] )

“A pátria é a manta que cobre a todos e aquele que se sacrifica por ela fica insepulto, porque, pelas acções nobres, passa para a perpetuidade.” Extraído de uma conversa com o amigo e poeta Nkulu

Cresce o número de pessoas pertencentes a uma certa claque cujo objectivo continua a ser atacar-me. Não analisam o meu pensamento, porque é sempre mais fácil pescar no aquário cheio de peixe do que num rio com águas turvas. A especialidade dessa gente é uma: radicalismo extremo e desprezo a tudo que é feito pelo governo da Frelimo, traços que não pertencem aos académicos, classe a que muitos deles propalam pertencer.

Atacam-me gratuitamente, mas não são totalmente loucos, pois coroam-me de flores quando alguns débitos meus são ríspidos contra uma certa política do governo. Já os avisei que ninguém manda na minha maneira de pensar e nas minhas convicções, longe de mim qualquer dogmatismo ou polimento político.

Posto isto, vamos ao pano de fundo deste Centelha. Na semana passada, creio que foi pelas câmaras da STV, vi um Dhlakama enfatuado e pronto para a guerra. Acompanhado de seus comandos, Dhlakama desafiou o governo moçambicano para não tentar desarmar a Renamo sob o risco de materializar a velha ameaça de incendiar o país.

Ficou visível o aparato militar e o desfile de novas viaturas (uma aquisição com fundos do Estado), uma nítida demonstração de força contra o Estado.

Dhlakama armou-se e o passo a seguir, já que politicamente não tem absolutamente nada a perder, é tomar o poder pela via da força. Tomar o poder significar pôr em prática o plano macabro de autarquias provinciais nas províncias em que saíram vitoriosos.

Reunião nacional debate turismo no país

Realiza-se hoje, na cidade de Maputo, a IV Reunião Nacional do Turismo, um encontro que vai reunir cerca de 350 participantes, entre os quais operadores do sector e entidades governamentais.

O evento, a decorrer sob o lema “Turismo: Factor de Emprego e de Crescimento Económico”, surge no âmbito da implementação do plano quinquenal do Governo, que preconiza e recomenda a reflexão sobre a importância e contributo do turismo no desenvolvimento económico do país. Uma série de debates marcará o encontro, nomeadamente sobre a Promoção do Desenvolvimento do Turismo em Moçambique; a Estratégia de Atracção de Investimentos e Projectos Turísticos; e a Formação e Empregabilidade. Espera-se com estes temas que se promova uma reflexão profunda relativamente ao posicionamento do sector do Turismo em Moçambique em relação aos desafios que se lhe é colocado.

NOTÍCIAS – 17.08.2015

NOTA:

Comparem qualquer programa para Moçambique com este abaixo (que escolhi por distâncias aproximadas) e vejam como será possível desenvolver o turismo com os preços praticados, por muita que seja a vontade de se ir a Moçambique.
Veja em http://travelbird.pt/56813/first-central-hotel-apartments-emirados-dubai/?suppress_popup=1&utm_source=adsalsa003_pt&utm_medium=email&utm_campaign=pt-wk28-2015-to-fly-am-sun-first-central-hotel-apartments-emirados-dubai&utm_content=PT20150816&uuid=557c0646-fab6-4336-9cae-be16e6282176

Fernando Gil

MACUA DE MOÇAMBIQUE

Lamúrias ou acções?

Normal que desejemos ver corrigido aquilo que nos apoquenta

Existe a solução de agir com outros igualmente atingidos, ou a variante muito comum de nos cafés, bares e conversas com terceiros estarmos a lamentar e pararmos nisso, com se as queixinhas e lamentações servissem para algo na resolução. Por favor, se querem apenas lamúrias peregrinem até Jerusalém onde há um muro para desabafar lamentações, dizem que esse muro data dos tempos do Templo do Rei Salomão. Especializado ao longo de séculos para ouvir todo o tipo de desabafos.

Cá na terra, contudo, força e coragem para agirmos, manifestarmos, assinarmos petições, exigirmos aos deputados de todos os níveis e membros da governação do distrito aos órgãos centrais.

De algum modo todos estamos saturados das explicações muito pouco plausíveis sobre a EMATUM, sobretudo quando vemos as embarcações bem atracadas nas docas e apenas pescando lodo.

Barcos de pesca e patrulheiros trata-se de assuntos bem diferentes. Não se duvida que o país necessite de uns e outros.

Mas não se adquirem todos no mesmo sítio. Há estaleiros que fabricam barcos de pesca, cargueiros, super petroleiros, ROL ON ROL OFF, navios de patrulha, porta-aviões, couraçados, etc. Mas, cada macaco no seu galho, dizemos cá na terra, nenhum estaleiro produz todo o tipo de barcos.

STV-Noite Informativa_16.08.2015(video)

STV-Pontos de Vista 16.08.2015(video)

Dhlakama em Tsangano em 16.08.15. Compare com o video da visita de Nyusi em 30.08.15(video)

NYUSI/DHLAKAMA em Tsangano com diferença de menos de um mês(video)

 

MIRAMAR-Dhlakama na Angónia em 14.08.2015(video)

Xiconhoquices da semana: Compra da casa de Aiuba Cuereneia sem concurso público; Saudação de Filipe Nyusi a ginastas; Causa da tragédia de Chitima ainda por apurar

Os nossos leitores elegeram a seguinte xiconhoquice na semana finda:

Compra da casa de Aiuba Cuereneia sem concurso público

A senhora Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchili, jogou, por instantes, a capa de guardiã da legalidade ao chão e envergou a da falta de vergonha. Sem concurso público, a Magistrada do Ministério Público, que achegou à casa que dirige pela mão do antecessor do Presidente Filipe Nyusi, ignorou os apelos para a observância das medidas de austeridade e comprou uma casa do antigo ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, a 23.532.000 meticais. Com este ajuste directo na aquisição da tal moradia, fora das normas previstas pelo Decreto 15/2010, de 24 de Maio, será que Beatriz quis garantir a reforma do ex-governante, uma vez que ficou de lado na composição do actual Governo? E qual foi a sua contraparte monetária, senhora Procuradora? Diante do facto de se ter infringido os princípios previstos no dispositivo em causa para efeitos de ajuste directo na aquisição de bens do Estado, podia explicar-nos, Beatriz, a que critérios recorreu para fechar tal negocio? Com estas xiconhoquices percebe-se que no Executivo há gente que está interessada em arruinar os cofres do erário. É bom que a senhora Beatriz saiba que os critérios de gestão dos impostos do povo é diferente dos que são aplicados na gerência de unhas e da cabeleireira de uma mulher? Respeite o nosso suor e daqueles que nos apoiam como nação!

Saudação de Filipe Nyusi a ginastas

ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DE MOÇAMBIQUE EXIGE ORDEM NA CIDADE DE NAMPULA

O secretário-geral da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique (ANAMM), Dionísio Cherewa, defende a necessidade de se estabelecer um diálogo inter-institucional, para que se extinga a existência de dois secretários (um da ediblidade e outo do Governo), na cidade de Nampula, zona norte do país.
Cherewa, segundo o matutino Notícias, falava durante o seminário de aprendizagem municipal, tendo manifestado, na ocasião, o seu desagrado com a dupla administração das comunidades autárquicas que, em parte, pode vir a afectar o processo de engajamento dos residentes na prossecução das actividades de desenvolvimento da cidade.
Não escondo a minha preocupação face à esta questão de existência de dois secretários representando os interesses municipais e do Governo da cidade nos bairros, disse o secretário-geral, apelando para que se realize um diálogo interinstitucional com vista a encontrar-se uma saída para este problema que não é pequeno.
Ao longo dos dois dias de seminário, grupos cívicos, constituídos por organizações da sociedade civil e instituições municipais falaram dos constrangimentos que têm enfrentado para a mobilização das comunidades na prossecução das actividades de desenvolvimento ou cívicas, devido ao problema de conotação política.

Polícia norueguesa só disparou duas balas em 2014 e ninguém morreu

Em um período de 12 anos, somente duas pessoas morreram em tiroteios policiais na Noruega, um país que é exemplo de segurança e estabilidade

A polícia da Noruega disparou suas armas somente duas vezes no último ano - e ninguém ficou ferido - apontaram novas estatísticas divulgadas pelo jornal britânico The Independent, que revela o baixíssimo uso de armas no país. Em 2014, os oficias noruegueses sacaram suas armas somente 42 vezes, número mais baixo desde 2002. Somente duas pessoas foram mortas em tiroteios policiais nesse mesmo período de 12 anos.

A maior parte dos policiais na Noruega, assim como em países como Grã-Bretanha, Irlanda e Islândia, fazem suas patrulhas desarmados e carregam suas armas somente em circunstâncias especiais. Na Grã-Bretanha, somente uma pessoa foi atingida por policiais em 2014. A Islândia, outro exemplo de estabilidade mundial - foi considerado o país mais seguro do mundo pelo Índice Global da Paz 2015, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz - teve sua primeira vítima mortal em uma operação policial armada no final de 2013, em um subúrbio de Reykjavik, capital do país.

VEJA – 02.08.2015

Dhlakama hoje em Domue e da Vila de Ulongue no distrito de Angónia

 

 

 

 

 

 

 

 

Este comício marcou o início da manifestação contra os comunistas da
Frelimo, contra os ladrões de votos e dos impostos dos moçambicanos. Afirmou que "veio aqui a Domue para dizer de viva voz que o poder será nosso e que as ameaças que são feitas a população pelos líderes comunitários e pela polícia simbolizam o fim da Frelimo.
"Nos reconhecemos os régulo que são postos através de linhagens familiares e não líderes eleitos por uma dúzia de amigos do mesmo partido. Para a Renamo e para o povo não existem líderes comunitários apenas régulo."
Quanto ao governo distrital que ameaça à população e membros da Renamo, afirmou ainda que tomou nota mandara uma comissão que irá tomar satisfação com o governo distrital para a que expliquem os porque de maltratar o povo. O vosso presidente verdadeiro é Afonso Dhlakama e não aquele aquele ladrão de votos e mentiroso.
"Vim aqui para reforçar o que ja havia dito, iremos sim governar o país porque o interesse do povo é maior que a vontade de uma dúzia de comunistas.
Iremos cumprir com as promessas que fizemos e estou aqui para dizer k dentro em breve iremos governar e se a Frelimo tentar impedir iremos esmagar. Nos não queremos a Guerra, nem o povo quer a guerra. Mas se alguém quiser nos matar iremos reagir. Nunca atacamos a ninguém, mas sempre reagimos aos maus tratos dos comunistas da Frelimo. A nossa luta é para e pelo povo que merece usufruir as riquezas do seu País".

In

https://www.facebook.com/groups/647758951997956/?fref=ts

A PERDIZ - Boletim Informativo da Renamo nº 137

Editorial

PARTILHA DE RESPONSABILIDADES NAS FADM E PRM SÃO INDISPENSÁVEIS

Os desentendimentos entre o governo e a RENAMO em torno da integração nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), na Polícia da República de Moçambique (PRM) e da reinserção social e económica dos homens residuais prevalecem na mesa das negociações que decorrem no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano.

Compreende-se que o ponto sobre as questões militares que faz parte destas negociações seja sensível tendo em conta que este assunto se arrasta há mais de vinte anos.

O arrastamento do processo de integração dos homens da RENAMO em diferentes sectores públicas depois da assinatura do Acordo Geral de Paz na capital italiana, Roma, deveu-se a falta de vontade política por parte dos Governos da Frelimo que sempre tiveram nos seus planos a intenção de aniquilar a RENAMO e marginalizar os seus membros.

Para a RENAMO, a partilha de responsabilidades de comando e chefia nas FADM é indispensável neste processo que durante mais de vinte anos marginalizou àqueles que lutaram pelo estabelecimento da democracia no país.

Leia tudo em

Download Perdiz-edição nº 139

STV-Noite Informativa_14.08.2015(video)

Vietname apreende mais de 750 Kg de marfim e cornos de rinoceronte de Moçambique

As alfândegas do Vietname apreenderam 735 quilos de marfim e cornos de rinoceronte no porto de Tien Sa, na cidade de Da Nang, provenientes, noticia hoje o diário vietnamita Tuoi Tre News.

Citando um comunicado das autoridades alfandegárias vietnamitas, o jornal refere que o marfim e os cornos de rinoceronte estavam escondidos dentro de blocos de mármore falso, depois de terem sido desembarcados em dois contentores transportados num navio.

"Durante a inspecção, os fiscais aduaneiros detectaram sinais suspeitos em muitos dos blocos de marfim num dos dois contentores", indica o Tuoi Tre News.

Para surpresa dos funcionários alfandegários, assinala o jornal, dos blocos de mármore quebrados saíram dentes de marfim e cornos de rinoceronte escondidos.

Do produto apreendido, 593 quilos correspondem a dentes de marfim e 142 quilos a cornos de rinoceronte, afirma o jornal, que adianta ainda que o mármore transportado no segundo contentor era verdadeiro.

O jornal não refere se alguém terá sido detido em conexão com a apreensão do produto e recorda que um quilo de marfim custa no mercado do contrabando 2,100 dólares enquanto um quilo de corno de rinoceronte custa 133 dólares.

Moradores da cidade da Beira lincham mais dois supostos ladrões

Populares do bairro de Nhanconjo, na cidade da Beira, província de Sofala, capturaram dois presumíveis ladrões, os quais foram conduzidos até uma lixeira local e linchados em simultâneo, na madrugada de quarta-feira (12). Uma das vítimas morreu no local e a outra pereceu a caminho do hospital após ser socorrida com a intervenção da Polícia. Este ano, já são sete pessoas mortas devido à justiça pelas próprias mãos naquela urbe, onde os moradores mostram-se cada vez mais indignados com o que consideram índices insuportáveis de criminalidade e agressões físicas na via pública e nas residências perante uma suposta apatia das autoridades.

Na cidade de Nampula o mal também segue sem freios e as razões são sempre as mesmas: os assaltos a residências, violações sexuais e agressões físicas. As vítimas desta vez era conhecidos pelos nomes de Peixe e Agostinho. Aliás, uma delas foi esquartejada, como que a população quisesse ter a certeza de que o suposto gatuno jamais viveria para voltar a aterrorizar a quem quer que fosse.

Peixe e Agostinho assaltavam casas e agrediam pessoas na via pública e apoderavam-se dos seus bens. eles faziam parte de um grupo de três meliantes que na madrugada do dia anterior tentaram roubar numa habitação, contaram alguns os residentes de Nhanconjo ao Diário de Moçambique.

Programa MOZEFO - "Os Desafios do Turismo em Moçambique"(video)

NOTA: Tanta desculpa esfarrapada... Vejam o exemplo de Macau!

Fernando Gil

MACUA DE MOÇAMBIQUE

Conselho de Estado ou formalismo constitucional?

Canal de Opinião por Noé Nhantumbo

Dez anos de AEG, e qual foi a produtividade do Conselho de Estado?

É importante respeitar a Constituição da República (CRM) e cumprir o que está nela inscrito quanto a órgãos que a República deve ter. Mas é simplesmente ilusório pensar que a existência de órgãos como o CE tenha os impactos desejados pelo facto de existir. Existem tantos órgãos em obediência do prescrito nas leis, mas, quando se procura saber o que fazem ou o que fizeram, somos confrontados com um vazio penoso.

O Conselho Nacional de Segurança não conseguiu aconselhar AEG para não enveredar pela guerra. FJN continua, enquanto comandante-em-chefe, a desdobrar tropas e atacando posições da Renamo e defendendo-se. A Renamo continua armada, e a miríade de organizações e órgãos do Estado não traz para os moçambicanos os consensos desejados. É uma parafernália de órgãos que, na verdade, constituem um sugadouro de recursos públicos. Parece ser uma central para acolher “reformados” e alimentá-los de caviar e champanhe. São como que uma forma prática de acomodar personalidades que não encontraram ou não tiveram possibilidades de nomeação ministerial ou para outro cargo apetecível.

Agora que se dá destaque aos nomeados pelo PR para serem parte do Conselho de Estado, torna-se claro que o Executivo e o seu partido de suporte querem dar a entender que existe normalidade, quando se sabe e se sente que vigora a anormalidade.

A pergunta recorrente é: que sustentabilidade tem o CE, se o representante do maior partido da oposição não se faz presente?

O que a Frelimo está fazendo não difere do que fez no passado.

Arrastar assuntos e “dossiers” enquanto se vai fazendo de conta que governa o país. Se, após quarenta anos, ainda temos milhares de criança sentadas no chão e ao relento, no que se chama “escolas”, que andaram os sucessivos Governos fazendo? A demagogia e a retórica de “comissariado político” não substituem a governação efectiva.

Agentes da UIR consomem bebidas alcoólicas fardados e espancam população

Em Xinavane

Um contingente fardado da Unidade de Intervenção Rápida, ex-FIR, pôs-se a consumir álcool e começou a violentar cidadãos, há dias, tendo inclusivamente ameaçado violar sexualmente raparigas na vila de Xinavane, na província de Maputo.

Tudo começou quando num sábado, os trabalhadores da açucareira de Xinavane ameaçaram entrar em greve para reivindicar os seus direitos, que dizem que estão a ser violados pelo patronato. Os trabalhadores queixam-se de más condições de trabalho.

Apercebendo-se do potencial da greve, a direcção-geral da açucareira mandou chamar a Unidade de Intervenção Rápida da Polícia.

Quando o contingente da UIR chegou à vila, os trabalhadores desistiram da greve, com medo de serem espancados ou até mortos. Sem greve e sem qualquer tarefa a desempenhar, os agentes da UIR dirigiram-se às barracas e começaram a beber enquanto estavam fardados e armados, tal como documentam as imagens.

Estavam espalhados por várias barracas. Já embriagados, começaram a pegar em qualquer cidadão e a espancar. Várias raparigas tiveram de fugir, com medo de serem violadas, pois é que os agentes da Polícia estavam a prometer fazer.

Administrador distrital é flagrado na caça ilegal mas não é detido por “questões éticas”

Notícias que chegam do Niassa obrigam-nos a reflectir

- Entretanto, as autoridades policiais detiveram os comparsas do administrador, pois, estes não são representantes do Estado

Mais um caso que atesta o poder absoluto dos administradores distritais no país aconteceu no dia quatro de Agosto último, na província do Niassa, mais concretamente no distrito de Chimbonila e Maúa. É mais uma situação que nos vem mostrar que o discurso político e constitucional de que “todos somos iguais perante a lei” não passa de mais uma falácia para fazer boi dormir.

Em resumo, o administrador de Chimbonila decidiu pegar um grupo de homens e meter-se na caça ilegal nas matas do distrito de Maúa. Depois foi flagrado pelas autoridades policiais no meio da caçada ilegal e com os animais de pequeno porte abatidos para consumo.

Nisto, a Polícia decide prender o grupo, mas liberta o administrador por “questões éticas”, pois ele, o administrador, é representante do governo.

STV-Dhlakama acusa FADM de atacar os seus homens_13.08.2015(video)

STV-Comentários de Sérgio Vieira_13.08.2015(video)

ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (15)

QUEM ASSASSINOU MONDLANE, PRESIDENTE DA FRELIMO ?

MASSACRES E ASSASSINATOS NO SEIO DA FRELIMO, FORAM PERPETRADOS PELO GRUPO LIDERADO POR SAMORA MOISÉS MACHEL, CONSENTIDOS  PELO PRÓPRIO DR. EDUARDO MONDLANE, QUE TAMBÉM FOI VITIMA DOS SEUS PRÓPRIOS CONTERRÂNEOS  NATURAIS DE MANJAKAZE

...Recordemos  que o Dr. Mondlane, em certa altura do seu percurso de vida se havia ausentado de Moçambique para o estrangeiro durante vários anos. Os estudos e o conhecimento exterior, motivou o jovem Mondlane para uma vida diferente. Formou-se em Antropologia e Sociologia, casou-se na América do Norte, constituiu família, foi funcionário das Nações  Unidas  como investigador, onde se discutiam acontecimentos que levavam á Independência dos países Africanos.

O Dr. Mondlane visitou Moçambique em 1961 convidado pela Missão Suíça, onde havia sido educado. Teve então contactos com vários Nacionalistas e convenceu-se que havia condições favoráveis, para criar um movimento de Libertação de Moçambique da Governação Colonial Portuguesa...

Este  meu depoimento,  como nunca fui cobarde como muitos, serve de reafirmação mais uma vez, de que no princípio fui militante pertencente ao grupo da milícia popular da Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo na frente da Zambézia em 1963 e 1964. Em 1964 juntei-me ao Primeiro grupo de guerrilheiros treinados na Argélia, com o qual na noite de 25/27 de Setembro desse ano, viria a desencadear a luta armada naquela Província.  Poucos meses mais tarde a mesma viria a fracassar  por falta de abastecimento de material bélico. Eu, com outros ex-camaradas, fomos evacuados para Tanganyika, onde treinámos tudo sobre  guerra de guerrilha no primeiro campo militar da Frelimo em Kongwa, Província de Dodoma. Fui depois separado do meu grupo e segui rumo diferente, onde exerci e executei diversas missões para o bem da causa pela Independência Nacional,  antes de me tornar um verdadeiro guerrilheiro. Isso aconteceu mais tarde nos dez anos de luta armada que se seguiram.

País da marrabenta está em chamas!- Jornal Remate de 13.08.2015

Zuma culpa “apartheid” pelos problemas do país

O PRESIDENTE da África do Sul, Jacob Zuma, atribuiu, na última terça-feira, ao antigo regime do “apartheid” a responsabilidade pelos actuais problemas da economia nacional, descrevendo-o como um “colonialismo de um tipo especial”.

Segundo a Agência Brasil, em conversa com jornalistas na cidade de Pretória, o governante disse que o seu país sofre de “problemas históricos complexos”, que são únicos no continente.  

“Outros países de África nunca tiveram uma economia baseada na raça”, explicou Zuma durante um pronunciamento sobre as reformas implementadas pelo seu Governo ao longo deste ano.

“Nós estamos a tentar lidar com o legado do ‘apartheid’e este permanecerá connosco por um longo tempo”, acrescentou, citando a dificuldade de competir com países que nunca tiveram um desafio semelhante ao sul-africano.  

A economia mais desenvolvida da África tem sido sufocada nos últimos meses por altas taxas de desemprego e problemas de abastecimento energético.

Em Julho último, a companhia britânica Lonmin, maior produtora mundial de platina, anunciou um corte de seis mil postos de trabalho na África do Sul, medida que foi seguida por acções semelhantes por parte de outras mineradoras que actuam no país.

Ciclo vicioso” em defesa do “status”

Canal de Opinião por Noé Nhantumbo

Quem cedo e rápido se esquece do passado está condenado a repetir erros.

As voltas que os políticos moçambicanos não se cansam de dar denotam uma rígida fórmula de pensamento e de acção.

Não importa o que se diga e o que digam os outros. A decisão e posição são manter tudo na mesma.

Outra faceta dos políticos moçambicanos é a sua arreigada teimosia em aceitar mesmo aquilo que obviamente deveriam evitar a todo o custo.

Há que reconhecer que mais ou menos duas décadas de “lavagem cerebral” e condicionamento do pensamento político tiverem consequências que se reflectem na forma como as pessoas se posicionam e agem no dia-a-dia.

O Departamento de Informação e Propaganda e o Comissariado Politico da Frelimo, embora defuntos, deixaram sementes que germinam todos os dias.

De outro modo é difícil entender como e porquê gente com informação e educação teima em defender comportamentos e procedimentos claramente distantes dos interesses nacionais.

No que se configura uma estratégia delineada com antecedência e executada ao pormenor por um Executivo subordinado a uma Comissão Política forte e determinada a contornar qualquer oposição, o PM tomou conta dos “dossiers” técnicos e o PR passeia a sua classe “vendendo um peixe” bem diferente dos discursos de inclusão e de paz dos primeiros dias.

Só pode ser alguma leviandade e falta de tacto político privilegiar acções político-diplomáticos deixando de lado os contactos com segmentos políticos nacionais que podem levar ao alcance daquela estabilidade que se sente que falta.

Polícia não quer falar do assassinato de ex-agente do SISE

Esta semana, nem o Comando da Polícia da cidade de Maputo nem o Comando-Geral deram as habituais conferências de imprensa para falar das ocorrências semanais.

A Polícia da República de Moçambique está com dificuldades em abordar o macabro crime que se acredita que tenha sido executado pelas autoridades, que culminou com a morte de Mussa Inlamo, um ex-agente do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE). Mussa Inlamo foi encontrado morto e algemado na manhã do passado sábado, dia 8, na vila de Marracuene, província de Maputo.

Mussa Inlamo deixou os serviços secretos há mais de 10 anos, e desde lá até à sua morte vinha-se queixando de que era vítima de perseguição pelo SISE. Por várias vezes, Inlamo Mussa denunciou a podridão dos serviços secretos. Por várias vezes, a sua casa foi vandalizada, e os seus familiares foram maltratados. No passado fim-de-semana, foi encontrado morto e com sinais de dois tiros, um no braço e outro na cabeça.

A Polícia da República de Moçambique não quer falar do assunto.

Apenas confirma o assassinato de Mussa Inlamo. O Comando da Polícia da cidade dá conferências de imprensa às segundas-feiras, onde fala das ocorrências semanais. O Comando-Geral fala habitualmente aos jornalistas às terças-feiras. Mas esta semana nem uma nem outra instituição falaram aos jornalistas.

Há fortes suspeitas de que Mussa Inlamo tenha sido assassinado pelas autoridades, numa operação de queima de arquivo.

CANALMOZ – 13.08.2015

Guiné-Bissau: PR diz que remodelação governamental não chega para resolver crise

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou ontem, dia 12, num discurso à nação, que uma remodelação governamental não chega para resolver a crise política no país.

Na intervenção de cerca de 40 minutos lida aos jornalistas no Palácio da Presidência, pelas 20:00 (23:00 em Maputo), o chefe de Estado não revelou se vai ou não destituir o Governo, mas manteve essa possibilidade.

"Mesmo que todos os membros do Governo fossem substituídos", numa remodelação, "a grave crise política que põe em causa o regular funcionamento das instituições não seria provavelmente ultrapassada, na medida em que a questão substantiva é a quebra mútua da relação de confiança com o próprio primeiro-ministro", referiu.

Desta forma, José Mário Vaz referiu que é ao PAIGC, que venceu as eleições de 2014, "que pertence o direito de governar, não podendo esse direito ser pessoalizado ou privatizado por um grupo de interesses instalado no seio do partido".

O Presidente da República acusou esse grupo de "ameaçar a paz social" e "ameaçar fazer o país mergulhar num caos e conduzi-lo a uma guerra civil, caso as instituições do Estado não se declinem perante a pessoa do primeiro-ministro".

ALÉM-ATLÂNTICO, pelo Prof. Adelto Gonçalves em O AUTARCA

Passou o Prof. Adelto Gonçalves a colaborar com o Jornal O AUTARCA da cidade da Beira. Autor, entre outras obras, de "Gonzaga, um poeta do Iluminismo" sobre Tomás António Gonzaga que foi deportado para a Ilha de Moçambique, onde veio a falecer. Bem merecia que o Governo moçambicano o convidasse a visitar o país.

Leia em

Download Autarca_adeltogonçalves_12.08.2015

Recorde em

http://www.macua.org/gonzaga/inicial.html

CHINESES E JAPONESES NA PESCA DO ATUM

Em Angoche e Nacala-porto, respectivamente

A “ Yinuo Pescas, Limitada”, uma empresa chinesa, acaba de encomendar o fabrico de nove embarcações para a captura de Atum na província de Nampula, mais concretamente no distrito de Angoche.

A Japan Tuna Company, de origem nipónica, já manifestou igualmente interesse em capturar aquele tipo de pescado, desta feita no distrito de Nacala-porto, operação que envolverá 15 embarcações, com possibilidade de crescer à medida que as respectivas potencialidades assim o confirmarem.

O delegado provincial da Administração Nacional de Pescas em Nampula, Momade Juízo, que revelou o facto, não quantificou o valor global do investimento, mas referiu que aquela empresa, depois de pesquisar o potencial da nossa costa em atum, avançou que as embarcações estarão equipadas com artefactos para captura em cerco daquela espécie.

Segundo a fonte, a Administração Nacional de Pescas espera o cumprimento por parte da Yinuo Pescas Limitada, dos procedimentos legais para o seu posterior licenciamento, conforme o previsto no plano estratégico de desenvolvimento da pescaria do atum.

Momade Juízo precisou, ainda, que a frota de embarcações da empresa chinesa, estará baseada na cidade de Angoche, onde já conta com outras quatro unidades construídas localmente, com recurso à madeira, licenciadas para a pesca semi-industrial, tendo, para o efeito, investido um montante equivalente a 6 milhões de dólares norte-americanos.

Questionado acerca das vantagens do estabelecimento da frota de embarcações em Angoche, Momade Juízo explicou que são inúmeras.

Em princípio as embarcações devem receber a bandeira nacional, um requisito previsto na legislação internacional da pesca que obriga o armador a declarar a origem das suas pescarias, cujas estatísticas servirão para o cálculo dos impostos a pagar aos cofres do Estado"- disse Juizo.

STV-Noite Informativa_12.08.2015(video)

Uma pergunta à Constituição da República e ao novo Código penal

Quem deve realmente responder criminalmente quando comete uma infracção?

Prezados compatriotas moçambicanos, a quem devo a honra, o respeito, admiração pela coragem e paciência que têm mostrado ao longo do tempo, endereço-vos uma ternurenta saudação! É justamente sobre “Paciência” que me quero debruçar, neste artigo.

Durante muito tempo, foi-nos acostumado ver, ouvir e calar no que concerne aos assuntos que a todos nós dizem respeito na qualidade de gente que nasceu nesta genuína pátria a que atribuímos aos heróis

Seria uma pura hipocrisia tentar negar que, nos dias que correm, há uma espécie de censura e perseguição a todos aqueles que tentam manifestar sua opinião em relação aos diversos assuntos da vida sociopolítica e económica nacional e uma tendência para a sonegação total de todos actos que envolvam altos dirigentes do poder político no país protagonizado pelos órgãos ligados a administração da justiça no país.

 Órgãos, estes, que se pressupunha serem isentas nas suas actuações, nomeadamente a Procuradoria-Geral da República, o Tribunal Supremo e demais instituições criadas para efeitos de garantir a justiça a tudo e a todos em igualdade de circunstâncias em todo o território nacional, conforme reza o artigo 35 da Constituição que passo a citar: “Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política”.

O mesmo documento, no seu número 1 do artigo 38, avança mais ao referir que “Todos os cidadãos têm o dever de respeitar a ordem constitucional”. O número dois do mesmo artigo adianta algumas medidas ao referenciar que “Os actos contrários ao estabelecido na Constituição são sujeitos à sanção nos termos da lei”.

Ainda o assassinato do antigo secreta, Inlamo Mussa

Polícia inicia ladainha do “estamos a trabalhar”

- A ocorrência acontece numa altura em que o grupo dos antigos secretas do governo continua a reunir-se duas vezes por semana para concertar posições

Naquilo que pode ser mais um caso de “queima de arquivo”, foi assassinado na madrugada de sexta para sábado, o cidadão Inlamo Ahamada Ali Mussa, figura que, apesar de marginalizada, ainda pertencia aos quadros operativos dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). Sem medo e sempre na perspectiva de exigir os direitos que dizia estarem-lhe a ser negados por parte do governo, Inlamo Mussa vinha sendo, nos últimos 10 anos, uma pedra no sapato do executivo de Maputo.

Inlamo Mussa denuncia tudo e todos, particularmente o comportamento dúbio e promíscuo de altas patentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS), com especial atenção para os Serviços de Informação e Segurança do Estado.

Na mídia independente nacional, dezenas são os documentos existentes, resultantes do punho de Inlamo Mussa, denunciando e exigindo que o Estado lhe pague o devido, em resultado da sua participação em várias missões de risco ao serviço do Estado moçambicano. Uma das missões de alto risco assumido por Inlamo enquanto operativo do SISE foi infiltrar-se na Renamo. A missão era buscar preciosas informações para o governo, particularmente nas vésperas do Acordo Geral de Paz. Ele entrou para os quadros do SISE em 1988.

Estamos a trabalhar

Depois de ao longo do fim-de-semana e na segunda-feira, ter negado confirmar a identidade do cidadão assassinado, só nesta terça-feira, a Polícia da República de Moçambique ao nível da província de Maputo confirmou que efectivamente se trata de Inlamo Ahamad Ali Mussa.

STV-Mozefo Reportagem turismo Praias do Sul_11.08.2015(video)

STV-Noite Informativa_11.08.2015(video)

GOVERNO NOMEIA NOVOS DIRIGENTES DAS EMPRESAS PÚBLICAS ENH E INP

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH) e o Instituto Nacional de Petróleos (INP) contam, a partir de hoje, com novos presidentes do Conselho de Administração (PCAs).
Com efeito, o Conselho de Ministros, reunido na sua 27ª sessão ordinária, aprovou, durante a sessão desta terça-feira, duas resoluções que nomeiam Omar Mithá para o cargo de PCA do ENH e Carlos Zacarias para PCA do INP, respectivamente.
Antes desta sua nomeação, Mithá desempenhou as funções de Vice-ministro da Indústria e Comércio, tendo, ainda hoje, sido exonerado deste cargo pelo Presidente República, Filipe Nyusi.
Ele substituiu, nesta sua nova função, Nelson Ocuane, que foi PCA da ENH desde 2007.
Por sua vez, Carlos Zacarias era administrador do INP para a área de exploração e ocupa o cargo em substituição de Arsénio Mabote, que foi PCA desta empresa pública, criada em 2004.
Ainda hoje, o Conselho de Ministros apreciou e aprovou o balanço do primeiro semestre do Plano Economico e Social de 2015 a submeter a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, bem como o Relatório de Execução Orçamental referente ao mesmo período.
Na mesma sessão, segundo o porta-voz do governo e vice-ministro da saúde, Mouzinho Saide, foi aprovada uma nova Estrutura Orgânica do Governo Provincial.
Outros assuntos que mereceram destaque na sessão de hoje incluem, entre outros, o diálogo entre o Governo e a Renamo, as tarifas de Portagem em Tete e o projecto de construção da barragem de Mapai, na província meridional de Gaza.
DT/sn
AIM – 11.08.2015

PR moçambicano exonera vice-ministro da Indústria e Comércio

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, exonerou hoje Omar Mithá do cargo de vice-ministro da Indústria e Comércio, oito meses após ser nomeado para o posto, informa um comunicado da Presidência enviado à Lusa.

A exoneração de Mithá é a primeira de um dirigente nomeado por Filipe Nyusi, desde que foi empossado no cargo de Presidente no passado dia 15 de janeiro.

A nota de imprensa não adianta as razões da exoneração do vice-ministro da Indústria e Comércio nem se refere à sua substituição no cargo.

Num outro comunicado, o Presidente moçambicano nomeou a escritora Paulina Chiziane para membro do Conselho Superior da Comunicação Social.

Paulina Chiziane, antiga militante da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, durante a sua juventude, é uma das mais proeminentes escritoras moçambicanas, tendo já vencido o prémio José Craveirinha, um dos mais prestigiados prémios literários no país.

EYAC // JMR

Lusa – 11.08.2015

EDITORIAL: A seca não é uma nova calamidade

“Onde ficam as chaves do céu para libertar a chuva?”, questionava-se Joana em 2012 quando @Verdade esteve no distrito de Chigubo, na província de Gaza. Nesse ano a seca tinha sido, mais uma vez, a causa da perda de grande parte das culturas alimentares e ameaçava a sobrevivência das famílias que ali residem e do gado. Mas a seca e estiagem não eram novidade em Chibubo nem nos distritos de Chicualacuala, Mabalane e Massangena.

Sendo a seca um fenómeno frequente, nas regiões centro e sul de Moçambique e com alguns focos nas províncias do norte, estava previsto, no Plano de Contingência 2014-2015, aprovado pelo Governo de Armando Guebuza em Novembro de 2014, que incidisse “principalmente nalguns Distritos das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Tete e Cabo Delgado, estimando-se que cerca de 26.000 famílias (130.000 pessoas) possam estar afectadas, o correspondente a uma área em risco de cerca de 21.000 hectares localizados principalmente em distritos considerados áridos e semi-áridos, nomeadamente Magude, Matutuine, Chicualacuala, Mabalane, Chigubo, Massangena, Panda, Funhalouro, Mabote, Guro, Macossa e Tambara, Changara, Cahora Bassa, Mágoe, Mutarara, Zumbo e Moatize.”

Ao contrário do que o Governo de Filipe Jacinto Nyusi pretende fazer crer, que depois das cheias do início do ano a calamidade agora em Moçambique é a seca, a verdade é que a falta de água naquelas regiões é “cíclica”, dizem documentos governamentais e vários estudos oficias.

O que não se sabe é o que foi feito desde então para prevenir antecipadamente esta situação.

Para piorar o drama das centenas de milhares de moçambicanos, o Primeiro-Ministro, após descobrir a seca só seis meses depois de tomar posse, acha serem necessários estudos!

Governo e Renamo desfazem acordos já alcançados

Nas negociações políticas

Depois de um interregno de uma semana, as delegações do Governo e da Renamo retomaram ontem as negociações políticas no Centro de Conferências “Joaquim Chissano”. O encontro de ontem não produziu consensos. As partes continuam divididas, mesmo em relação às matérias sobre as quais aparentemente já tinha havido consenso. Em conferência de imprensa, as partes trocaram acusações. A Renamo continua com as exigências de sempre.

Em relação às questões militares, o partido de Afonso Dhlakama exige a partilha de responsabilidades de chefia e comando nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique como condição para entregar a lista dos seus homens. O Governo diz que ainda está à espera das listas dos homens da Renamo e que a exigência de paridade nas FADM é extemporânea. Não há também entendimento em relação à despartidarização da Função Pública e às questões económicas.

No capítulo referente ao cumprimento do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, concretamente sobre a integração dos homens da Renamo nas FADM e na PRM, Abdurremane Lino de Almeida, chefe-adjunto da delegação do Governo e ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, disse, no final do encontro, que a Renamo insiste, como pré-condição para entregar os seus homens, no enquadramento dos oficiais provenientes das suas fileiras em 1992 nos postos de chefia e comando das FADM.

"Dentro em breve o povo vai tomar o poder pela força"

As pessoas não podem esperar mais por um grupo marxista: o povo vai tomar o poder pela força", disse Afonso Dhlakama. "Não vai haver guerra, mas violência", disse Afonso Dhlakama em declaração à BBC. Tendo frisado que a tensão política pode escalar para um conflito armado.

O RENAMO, explicou, este sábado, que se o governo não ceder aos objectivos do partido, "vai haver violência".

Por outro lado, Afonso Dhlakama defendeu que o conflito não deve ser um obstáculo a investimentos no país, "quero encorajar os investidores: Moçambique é o lugar ideal para investir", defendeu o líder rebelde.

VISÃO ABERTA – 11.08.2015