Crise política
A Renamo considerou na última sexta-feira, 28 de Agosto, de extemporânea a proposta da agenda apresentada por Filipe Nyusi, para o encontro com Afonso Dhlakama.
Em conferência de Imprensa, o porta-voz da Renamo, o deputado António Muchanga disse ser extemporânea a proposta de reflexão sobre a Paz em Moçambique e o cumprimento do acordo de Cessação das Hostilidades Militares do ano passado.
A Renamo deu a conhecer que a satisfação das suas exigências por parte do governo é que vai garantir de que a Frelimo mudou, afirmando que o presidente Afonso Dhlakama “não está para ir fazer palhaçadas no encontro que Nyusi propõe sem agenda clara”.
Segundo o porta-voz da Renamo, o encontro entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama está dependente de várias condições entre as quais a incorporação na agenda das exigências deste partido.
O porta-voz reiterou que o partido exige o respeito pelo Governo do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, assinado a 05 de Setembro do ano passado, principalmente,
a reinstalação da Equipa da Missão de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), desactivada pelo executivo.
Por outro lado, a Renamo para além de considerar “extemporâneo” o ponto de agenda proposto pelo Presidente da República para o encontro com Afonso Dhlakama sobre o estágio das negociações de longo prazo entre o Governo e o principal partido de oposição, exige o Governo aceite a submissão ao parlamento da declaração de princípios sobre a despartidarização do Estado.
Entretanto, o Governo anunciou na noite deste domingo que a sua delegação vai hoje ao Centro de Conferências “ Joaquim Chissano “ para a habitual negociação política com a Renamo, apesar deste partido ter já dito que não regressa à mesa sem garantias de cumprimento do que já foi até agora assinado. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 31.08.2015
NOTA:
Suponho que nunca mais se chegará a acordo entre a Renamo e a Frelimo (Governo) enquanto se não provar, pela apresentação da actas, que, na realidade, a Frelimo e Filipe Nyusi foram os vencedores das eleições de 2014. Esta é a raiz de todos os problemas. Provem que efectivamente ganharam e aí a Renamo certamente mudará de atitude. Tudo o resto é “patinar no matope”.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE