Editorial
FILIPE NYUSI E AS SOLUÇÕES DE CONVENIÊNCIA
No passado dia 7 de Setembro, Filipe Nyusi veio publicamente anunciar a prontidão das forças militares do governo para possíveis embates com a RENAMO.
O lugar do anúncio não podia ser outro, senão na província de Tete onde neste momento é palco de confrontos militares entre forças governamentais e homens da RENAMO.
Não é a primeira vez que o Presidente da República faz pronunciamentos de intenção de guerra naquela província, se lembrarmos que muito recentemente na sua deslocação a Tete na chamada presidência aberta disse que aquela região não devia servir de campo de treinos militares.
Mais do que pronunciamentos, desta vez, Nyusi ele próprio procurou transformar aquela província em campo não só de treino, como também de demonstração do seu aparente poderio militar, através de ensaios de manobras e exercícios militares com todos os ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e da Polícia.
Ao se fazer rodear de diversas forças militares num dia tido como da vitória sobre o colonialismo, quis Filipe Nyusi mostrar a sua musculatura numa clara mensagem de que estaria pronto para militarmente vencer a RENAMO. Mas está enganado e equivocado, porque está a definir erradamente o seu inimigo ao apontar a RENAMO como tal, dado que a luta que pode acontecer será movida pelo povo que está cansado de manobras e acções de conveniência política.
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