Por Egidio Vaz
Falei com o jornalista que esteve no ataque e confirmou-me que:
A coluna do Presidente Dhlakama era composta por pelo menos 16 carros.
O presidente Dhlakama mudara da posição do carro em que vinha do primeiro para terceiro muito antes do local da emboscada. Provavelmente deve ter sido esta a sua sorte, uma vez que normalmente o seu carro é que segue em frente.
O motorista da viatura sinistrada do carro que ia em frente foi quem mais sofreu, com balas a atingir a zona do tórax. Outros soldados da Renamo sofreram no braço e pé, respectivamente
Não foi possível verificar os feridos da outra parte porque quando este jornalista corria para apurar, um outro carro, HardBody branco idêntico ao da Renamo arrancou em grande velocidade.
Tendo chegado em Chimoio, o Hospital não recebeu “ninguém” ferido deste atentado. Na verdade, os soldados da Renamo foram primeiro à casa do Presidente da Renamo. Provavelmente deve ter sido lá que obtiveram os primeiros socorros. E provavelmente os da UIR devem ter sido canalizados para outros hospitais.
O fogo da UIR veio do lado esquerdo da coluna. O fotógrafo de Afonso Dhlakama encarou um dos polícias que lhe apontara a arma à testa. Mas não o matou porque não era o alvo.
CONFUSÃO DA POLICIA
Logo que o atentado teve lugar, um jornalista recebeu uma chamada de alguém informando-o que a coluna de Dhlakama envolveu-se “num acidente de viação”. Na verdade, os perpetradores desta macabra emboscada não sabiam que na coluna vinham jornalistas. Mas logo que se aperceberam disto, a Policia mudou do discurso para dizer que se tratavam de bandidos que eventualmente teriam atacado a coluna. Na verdade, os jornalistas que vinham na coluna já tinham enviado despachos para a Lusa, Savana e outros canais. Ou seja, VERDADE, VERDADEIRA, A UIR atacou a coluna da Renamo(1).
PS: tentei falar com o senhor Sabado Malendza para lhe confrontar com factos, ele insiste em desligar na minha cara.
(1) Destaque do MOÇAMBIQUE PARA TODOS