Um ataque ocorrido sexta-feira em Amatongas, distrito de Gondola, na província central de Manica, resultou na morte de um civil e 13 guardas do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, noticiou a Rádio Moçambique (RM).
Segundo a fonte, que cita o comando provincial da Policia moçambicana (PRM), os corpos das vítimas foram evacuados para os hospitais de Gondola e de Chimoio, este último na capital provincial.
O civil, um automobilista de um transporte semicolectivo de passageiros, foi baleado pelos homens armados da Renamo, enquanto os 13 guardas da caravana de Dhlakama foram abatidos na sequência dos confrontos que se seguiram com as forças policiais que se fizeram ao local para reestabelecer a segurança e ordem.
O comandante provincial da PRM em Manica, Armando Cunhenje, foi citado pela fonte a dizer que a situação esta controlada na zona e que o tráfego rodoviário foi normalizado.
Ainda de acordo com a fonte, oito viaturas abandonadas da coluna do líder da Renamo foram incendiadas pela população local revoltada.
RENAMO DESMENTE ATAQUE
Entretanto, a Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, desmente ter perpetrado o ataque.
Não é prática da Renamo atacar civis, conforme todos sabem aquilo é uma mentira, disse o porta-voz da Renamo, António Muchanga, hoje, em Maputo, durante uma conferência de imprensa.
Contudo, a história de Moçambique prova o contrário. Os ataques contra veículos civis foram uma ocorrência regular durante os anos 1970 e 1980, quando a Renamo funcionava como uma unidade das forças armadas da Rodésia do Sul e do regime supremacista branco da vizinha Africa do Sul que apoiava a guerra de desestabilização contra Moçambique.
O mesmo ocorreu no período 2013-2014 na província de Sofala onde, frequentemente, os homens armados da Renamo atacavam colunas de veículos na Estrada Nacional Número 1 (EN1), tendo como alvo civis e militares.
Durante a conferência, Muchanga disse que, a ser verdade que o incidente foi causado pela comitiva da Renamo, a Polícia, tendo um posto de controlo em Inchope, podia interceptar a Renamo para voltar e se responsabilizar pelo acto.
Ele desmentiu ainda o balanço do ataque, afirmando que no incidente morreram sete elementos da Renamo, três (3) militares e quatro civis.
Sobre o actual paradeiro do líder da Renamo, Muchanga apenas afirmou que Dhlakama está em Manica.
O presidente Dhlakama foi atacado em Chimoio, no distrito de Gondola, e está em Manica, está em bom estado de saúde, mas moralmente preocupado com o caminho que os nossos detractores escolheram, disse Muchanga.
Este é o segundo incidente em menos de duas semanas ocorrido na estrada Chimoio - Beira. A Renamo alega que, a 12 de Setembro corrente, a caravana de Dhlakama também foi atacada a cerca de 20 km fora Chimoio. Não há registo de mortes, mas quatro pessoas ficaram feridas. A polícia negou qualquer conexão com o caso, e a Frelimo, partido no poder em Moçambique, afirmou que não passava de uma simulação da Renamo.
ht/sn
AIM – 26.09.2015
NOTA:
“O civil, um automobilista de um transporte semicolectivo de passageiros, foi baleado pelos homens armados da Renamo, enquanto os 13 guardas da caravana de Dhlakama foram abatidos na sequência dos confrontos que se seguiram com as forças policiais que se fizeram ao local para reestabelecer a segurança e ordem.”
É mentira e falso que “os 13 guardas da caravana de Dhlakama foram abatidos na sequência dos confrontos que se seguiram com as forças policiais que se fizeram ao local”. A PRM que veio de Chimoio não disparou um tiro sequer.
Basta ouvir as declarações do Comandante da PRM no próprio dia da emboscada.
Ouçam aqui:
A ser verdade, já haviam elementos das FADM nas cercanias. Porque razão? E porque a PRM de Chimoio desconhecia a sua existência.
Tanta mentira junta.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE