Joaquim Chissano reuniu-se terça-feira, em Luanda, com o ministro dos Petróleos de Angola, José Botelho de Vasconcelos, com quem analisou aspectos relacionados com a indústria do gás e a possibilidade de Angola partilhar a sua larga experiência à Moçambique, apoiando no desenvolvimento deste sector através de parcerias empresariais.
Joaquim Chissano, que está em Angola na qualidade de empresário, encabeça uma delegação de executivos da Matola Gas Company, que se dedica ao aproveitamento do gás, construção de gasodutos e transformação do gás em energia para a sua utilização directa na indústria. "É uma empresa que tem outras capacidades, incluindo a prospecção e exploração", acentuou, citado pelo Jornal de Angola.
No encontro com o ministro dos Petróleos de Angola, Joaquim Chissano disse que está em Luanda para uma visita exploratória e de constatação, assim como para informar o Executivo, através da Sonangol e do Ministério dos Petróleos, o que está a ser feito pela Matola Gas Company (MGC) e "ver em que medida é que Angola está interessada em colaborar connosco para o projecto de desenvolvimento e aproveitamento do gás lá onde não esteja a ser convenientemente aproveitado".
Quanto ao impacto do projecto em Moçambique, Chissano considerou positivo e lembrou que a companhia começou por fornecer gás a apenas duas empresas industriais, e agora fornece a 33. "Começámos com pipeline que tinha 80 quilómetros e hoje está com mais de 100 quilómetros. Já temos duas estações eléctricas a gás e contamos com um centro de distribuição de gás através de contentores", disse, frisando que à medida que se expande a rede de gasoduto, vão diminuindo os contentores. "É um projecto que cresce em cada dia em quantidade e qualidade", sublinhou. A Companhia, disse, está a trabalhar com o primeiro gás que foi descoberto na província de Inhambane, a sul de Moçambique, que é explorado pela empresa Sasol, que exporta o gás para África do Sul, o mesmo mercado para MGC. "Mas o gás descoberto no norte de Moçambique, que é de grandes quantidades, vai ser exportado para vários destinos. Queremos desenvolver o gás para o desenvolvimento do pais em várias áreas, como agricultura e indústria", realçou Joaquim Chissano. Sobre possíveis parcerias, Joaquim Chissano disse que Angola está a fazer os seus esforços e no futuro os dois países vão encontrar sinergias para fazê-las funcionar. "O encontro serviu apenas para apresentação do que estamos a fazer e ver o que Angola está a fazer nesse domínio. As duas partes vão continuar a dialogar e os técnicos vão ver quando poderemos actuar", frisou.
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