Tudo está a ser feito para que Moçambique "não entre mais uma vez em guerra", disse, em entrevista à rádio ONU, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que participou, em Nova York, da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Tudo está a ser feito para que Moçambique "não entre mais uma vez em guerra", disse, em entrevista à rádio ONU, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que participou, em Nova York, da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Numa alusão à instabilidade em Moçambique, onde o governo e a Renamo, maior partido da oposição, não conseguiram ainda chegar a acordo em diversas áreas, Nyusi disse que "deve haver diálogo quando a paz é ameaçada pela violência".
O chefe de Estado moçambicano sublinhou que essa é uma prioridade pessoal e que tudo está a ser feito para que o seu país "não entre mais uma vez em guerra".
Moçambique registou recentemente incidentes entre forças do governo e elementos do partido Renamo. As duas partes estiveram envolvidas na guerra civil que terminou em 1992. A questão foi abordada em Nova York, num encontro entre Nyusi e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Na entrevista, o presidente moçambicano voltou a defender a necessidade de a CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa apostar na "diplomacia económica". Após destacar que os Estados-membros do bloco partilham de boas relações politicas e em outras áreas, Nyusi declarou que a produção de renda é uma questão existencial da CPLP.
O mercado do bloco faz parte dos planos do líder moçambicano para o lançamento da produção nacional a um ambiente de maior competitividade. Nyusi destacou ainda ter havido "passos muito largos de proteção ambiental", ao mencionar o contributo de Moçambique para a Cimeira do Clima em Paris, COP 21, agendada para dezembro.
Ouça, na íntegra, a entrevista de Filipe Nyusi:
AFRICA21 - 29.09.2015