Depois dos confrontos de há duas semanas
Mas a população receia regressar e as escolas ainda continuam encerradas
Duas semanas após os confrontos militares registados na localidade de Sabe, distrito de Morrumbala na Zambézia envolvendo os supostos homens da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, a vida tende a voltar a normalidade. Conforme disse um professor que conversou com a Reportagem do Diário da Zambézia neste domingo(08), no mercado local por exemplo, até ao último sábado era notório ver alguns comerciantes praticando a sua atividade, mas de forma tímida, porque o medo ainda persiste não se sabendo quando é que os confrontos poderão retomar, já que naquela localidade, encontra-se estacionada uma Unidade das FDS. “Aqui a vida vai voltando devagar, mas muita gente ainda tem medo de regressar as suas casas “-disse o referido professor que por razoes se segurança não poderemos evocar o seu nome. Num outro passo, o nosso interlocutor sublinhou que ainda há marcas de casas incendidas, bancas vandalizadas e isso faz com que Sabe se torne uma zona de medo onde as armas soam mais alto. Escolas ainda encerradas Nesta conversa tida com esta fonte que por sinal é um professor que leciona na localidade sede, ficamos a saber que as aulas ainda continuam paralisadas e alguns professores estão na vila de Morrumbala. “Reina ainda um clima de medo no seio dos professores, alunos e encarregados de educação, por isso que as aulas ainda não arrancaram”- rematou o nosso interlocutor.
Questionado se há movimentações por exemplos das FDS na localidade, a fonte respondeu que sim e explicou ainda que “eles andam com armas naquela pequena localidade e isso deixa ainda com medo aquelas populações que viveram na guerra dos 16 anos e agora há duas semanas que sentiram novos confrontos”- explicou. No que tange aos homens supostamente da Renamo que se confrontam com as forças militares, a fonte disse não ter visto ninguém com fardamento da perdiz. Refira-se que Sabe é um dos palcos que nos últimos tempos faz jorrar muito sangue e aqui reportamos por exemplo os ferimentos dos agentes das FDS e morte de outros.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 09.11.2015