Uma delegação do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, esteve em Tanzânia par ver e acompanhar de perto o processo eleitoral daquele país vizinho que decorreu no dia 25 de Outubro passado no qual o candidato do partido governamental foi proclamado vencedor e as legislativas vencidas pelo Chama Cha Mapinduzi, CCM, no poder desde a independência nacional, em 1960.
Elias Impuiri, chefe da missão do MDM, disse, na Beira, que as eleições já não servem, na maioria dos países africanos dominados pelos partidos da libertação nacional, como uma forma de o povo fazer julgamento e impore a sua vontade, mas sim, apenas um ritual para satisfazer os membros da comunidade internacional, em particular da União Europeia e dos Estados da América que continuam a estorquir os fundos dos seus povos para financiarem ditadores e fraudulentos africanos.
Elias Impuiri disse que as eleições de Tanzânia equiparam-se ao que temos vindo a assistir em Moçambique, Zimbabwe e Angola onde vencem os mesmos partidos tenham ou não sido votados pelos respectivos povos. “A fraude que ocorreu em Tanzânia foi enorme e monumental. O exército, a polícia e a comissão eleitoral deram vitória ao CCM e ao seu candidato. O povo foi completamente ignorado”- disse.
A comissão eleitoral tanzaniana quando se apercebeu da eminente vitória da oposição avisou que os editais em mãos dos delegados de candidatura não eram válidos para a contagem de apuramento. Isso só pode acontecer em África dos ditadores e mafiosos. Assim, equivale anular a presence dos representantes dos partidos nas mesas de voto, denunciou. Não vale a pena fingirmos às eleições quando existe a vontade de mudança, disse Impuiri.
Gabinete Informação MDM