O Presidente da República (PR) e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, Filipe Nyusi, instruiu às Forças de Defesa e Segurança para a observância de uma maior ponderação no processo de desarmamento compulsivo dos homens residuais da Renamo, o maior partido da oposição.
O estadista moçambicano lançou este desafio, hoje, no distrito da Moamba, província de Maputo, durante a cerimónia de apresentação dos graduados do curso para a formação de guardas penitenciários do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP).
Na ocasião, Nyusi disse estar pronto e aberto para estabelecer, a qualquer momento, o dialogo com a Renamo e suas lideranças, bem como com outras correntes da sociedade moçambicana.
No que diz respeito a actuação das FDS, Nyusi afirmou que estas forças estão a cumprir com o juramento que fizeram aquando da sua formação militar, altura em que se comprometeram a zelar pela segurança da população, não deixando nenhum individuo possuir armas indevidamente.
Continuamos a apelar para que alguns dos nossos irmãos que possuem armas entreguem-nas voluntariamente, para que possam se juntar ao convívio social e para que a questão da posse de armas seja um assunto reservado apenas às FDS. Tendo como base o espirito de concórdia, exortou o Presidente da República, reiterando a necessidade de ponderação no processo de desarmamento deste antigo movimento rebelde.
Reafirmamos que estamos prontos a falar com quem quer que seja, incluindo a liderança da Renamo, para efectivar o restabelecimento da paz no país, um bem imprescindível para o desenvolvimento do país. Se a entrega das armas não for feita à vontade, a paz não poderá acontecer', sublinhou.
Nyusi apelou ainda a toda a sociedade a participar, com ideias concretas, na resolução dos problemas que o país enferma, ao invés de apresentar apenas reclamações.
Quanto aos recém-formados guardas penitenciários, o Comandante em Chefe das FDS apelou à abnegação e total entrega na execução das tarefas que lhes são direccionadas, pautando sempre pelo respeito aos seus superiores hierárquicos, lembrando que o povo está convosco na missão que vão executar a partir de hoje.
Por seu turno, o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Abdurremane de Almeida, recomendou que os graduados devem prestar, com zelo, as suas tarefas, pois são formados numa altura em que o SERNAP enfrenta diversas transformações com vista a melhoria dos serviços prestados aos reclusos, tendo em conta a observância dos direitos humanos.
Vocês são formados num momento histórico de reforma no SERNAP, altura em que se assistem, igualmente, reformas da área prisional com vista a caminharmos para uma melhoria nos serviços que prestamos aos nossos reclusos, para uma melhor reinserção social após o cumprimento das suas penas, disse Remane.
Os recém-formados frequentaram um curso de seis meses e são oriundos de diferentes pontos do país. Estes deverão ser distribuídos pelos diferentes serviços de todo o sistema prisional nacional.
JEREMIAS Chemane (JC
AIM – 19.11.2015