UM total de 108 animais de diferentes espécies foi abatido há dias por caçadores furtivos no Parque Nacional de Banhine, no distrito de Chigubo, província de Gaza.
Da razia, segundo dados avançados pelo Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), constam cudos, gazelas, porcos-espinho e coelhos. Em consequência da matança havida naquele parque 12 caçadores furtivos foram detidos e deverão ser levados à Justiça para responder pelo crime.
Do trabalho operativo de perseguição e neutralização do grupo envolvido no abate dos animais a Polícia conseguiu recuperar das mãos dos furtivos 12 armas de fogo calibre 12, nove gambiares, 58 cartuchos, cinco facas e dois machados. Foram ainda recuperadas três viaturas de marcas não reveladas com as quais se faziam transportar nas suas investidas.
Confessando a autoria do crime, a maioria dos caçadores furtivos agora nas mãos das autoridades policiais disseram terem sido contratados no distrito de Massinga, província de Inhambane, para executar o plano de abate dos animais no parque, No entanto, asseguraram que quem os contratou foi um dos chefes dos fiscais do Parque Nacional de Banhine.
Ao que contaram, o referido chefe, cujo nome não nos foi revelado, não só os terá contratado assim como facilitou a entrada e deu protecção dentro da reserva para o abate dos animais. Por esse trabalho disseram que iam receber oito mil meticais por cada integrante, contra os quatro mil que vinham recebendo em outras missões anteriores.
A PRM está igualmente a ouvir o chefe dos fiscais suspeito de comandar o grupo de caçadores furtivos. Pesa ainda sobre ele a acusação de ter ordenado o patrulhamento do parque na zona norte, deixando o lado sul desguarnecido, o que provavelmente terá facilitado o abate dos animais.
Por decisão das autoridades do Parque Nacional de Banhine os 108 animais abatidos pelos caçadores furtivos foram todos enterrados.
O Parque Nacional de Banhine localiza-se na província de Gaza, cobrindo uma superfície de 7000km2.
NOTÍCIAS – 26.12.2015