Morte do camionista no município de Moatize
Continuam as penumbras no caso do baleamento mortal do motorista de um camião de grande tonelagem, num caso que envolve além do camionista, o presidente do Conselho Municipal de Moatize, Carlos Portimão e ainda a Polícia da República de Moçambique.
A versão popular apontava o presidente do município, Carlos Portimão, de ter sido o autor dos cinco tiros que terão tirado a vida ao motorista do camião, alegadamente em retaliação ao facto de o camionista ter raspado um Toyota Surf, propriedade de Carlos Portimão.
Carlos Portimão foi, em tempos, oficial das Forças de Defesa e Segurança (FDS), mais concretamente da Polícia da República de Moçambique.
Enquanto isso, a primeira versão das autoridades policiais indicava que o camionista tinha sido atingido por cinco balas na caixa toráxica. Os autores dos disparos, na versão da Polícia, tinham sido os próprios agentes. Portanto, foram os agentes da Polícia que em perseguição decidiram tirar a vida ao camionista.
Pelo facto de os tiros terem ido directamente à caixa toráxica e tendo em conta que o camionista estava completamente desarmado e em condição inofensiva, a Polícia assegurou que uma comissão de investigação tinha sido já criada.
Entretanto, um dos porta-vozes da Polícia em Tete dava outra versão dos factos. Dizia este porta-voz na manhã de segunda-feira, que o tiro tinha sido para a zona da coxa da perna. Daí perguntamos ao responsável policial sobre as causas da morte, ao que não nos pôde responder. Disse simplesmente que só o hospital poderia dizer exactamente o que esteve por detrás da morte do camionista.
Já esta terça-feira, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Inácio Dina, continuou com a versão de que o tiro tinha sido direcionado à coxa da perna do camionista, não estando igualmente em condições de determinar as razoes exactas da morte do motorista.(Ilódio Bata)
MEDIA FAX – 30.12.2015