Por estar alegadamente a proteger cérebros do negócio Ematum
Em finais de 2013 foi o economista Castel-Branco a pedir que o Presidente da República (Armando Guebuza, na altura) pegasse os seus patos e fosse embora (abandonar o poder) pelo facto de ele (Guebuza) ter contribuído, ou então, pelo facto de não ter impedido que o país entrasse numa situação de quase ingovernabilidade. O pedido valeu um processo judicial contra Castel-Branco e os editores dos jornais que deram eco ao escrito daquele académico.
Hoje é o Presidente do Partido Independente de Moçambique, Ya Qub Sibindy, a vir também publicamente (via facebook) exigir que, caso o Presidente da República, Filipe Nyusi, não denuncie os delapidadores (que os conhece) do erário público, se demite imediatamente, deixando o país em mãos de quem tem competência e responsabilidade de exercer a governação.
Defendendo que o Presidente Nyusi está a ser inexplicavelmente piedoso com os delapidadores do erário público, Sibindy dá o exemplo do caso Ematum, em que na estranha negociata estão envolvidos Armando Guebuza, Manuel Chang e outros antigos governantes e, não só.
“Se o presidente Nyusi quer ser piedoso com os delapidadores da nossa economia, que se demita do cargo de Presidente da República” – exige Ya Qub Sibindy.
“Concorrer o poder com o objectivo concreto e sistemático para delinquir o Estado, é um crime que não si pode tolerar” – acrescenta Sibindy, defendendo punição severa e exemplar dos responsáveis pela contínua penúria em que vive maior parte da população moçambicana.
Para este político da oposição, não faz qualquer sentido o Presidente da República colocar-se como para choque de delinquentes.
“E se o Presidente Nyusi armar-se em piedoso colocando-se como para-choque dos delinquentes que delapidaram os dinheiros do Estado, então que se demita do cargo de Presidente da República!...”– repetiu.
MEDIA FAX – 21.12.2015