Caso “Manuel Bissopo”
Enquanto se digere com algum sentimento de alívio as informações de que o quadro clínico do secretário-geral da Renamo melhorou bastante, estando fora de perigo, começam também a ser construídas várias teorias sobre os suspeitos do atentado contra Manuel Bissopo, que resultou na morte de um dos seus guarda-costas.
Depois de terem sido colocadas a circular informações sobre a presença de um carro da Polícia no local do crime instantes antes dos disparos, a Polícia está num exercício de provar a sua inocência, tarefa que está a ser difícil, quando se junta o facto de agentes da Polícia fardados e à paisana terem sido vistos na sede da Renamo enquanto o secretário-geral deste partido dava a conferência de imprensa.
Os referidos agentes desapareceram sem deixar rasto logo depois de ter sido anunciado o fim da conferência de imprensa. Sob esta nuvem de suspeita, o porta-voz do Comando
Provincial da PRM, Daniel Macucua, veio a público na manhã de ontem, na Beira, informar que os agentes da PRM que foram vistos na sede da Renamo estavam a fazer o seu trabalho normal. “Os agentes da Polícia estavam a fazer o seu trabalho normal. Ali via-se uma movimentação estranhas de pessoas e viaturas, foi por isso que estavam lá”, declarou o porta-voz da Polícia.
Afastar toda a suspeita
Num exercício considerado como visando afastar toda a suspeita que pesa sobre a Polícia, Daniel Macucua trouxe uma nova teoria sobre o atentado. Segundo a Polícia, os membros da Renamo dispararam contra os assassinos, e estes responderam, causando a morte de um dos guarda-costas, e os ferimentos de Bissopo.
O porta-voz do Comando Provincial da PRM citou alegados trabalhos de peritagem da PIC e diz que houve troca de tiros. Mas testemunhas dizem que os malfeitores não deram tempo de reacção aos guardas da Renamo, pois foi apenas uma descarga de balas para alvo identificado.
A Polícia diz que estão em curso trabalhos de base com vista a neutralizar os presumíveis criminosos. (José Jeco, na Beira)
CANALMOZ – 22.01.2016
NOTA: E ainda há a teoria de Matsinhe…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE