Uma embarcação adquirida pelo governo moçambicano para o transporte de carga e passageiros entre os distritos de Cahora Bassa e Zumbu, na província central de Tete, encontra-se paralisada, faz algum tempo, devido a erros cometidos nas obras de construção para a sua acostagem em ambas as margens do rio Zambeze.
O caso está a criar um certo mal-estar no seio dos seus potenciais beneficiários porque desde que foi lançado nas águas do rio Zambeze nunca serviu a população, que tanto precisa deste meio de transporte fluvial.
A nova embarcação é mais veloz e pode reduzir consideravelmente o tempo de viagem de três para apenas um dia.
O director provincial dos Transportes e Comunicações de Tete, Romeu Sandoca, reconheceu que a paralisação está a criar um mal-estar, mas as autoridades governamentais nada podem fazer antes que sejam criadas as condições propícias para a acostagem da nova embarcação.
Disse que o barco deverá entrar em funcionamento logo que estiverem criadas condições favoráveis para garantir a segurança dos passageiros que usarão o meio.
Sandoca acrescentou que os passageiros também sairão em vantagem quando o barco começar a funcionar porque os preços de passagens são subsidiados pelo Executivo.
Referiu que as autoridades já notificaram o empreiteiro, cuja identidade escusou-se a mencionar, para realizar as devidas correcções.
Apesar da demora já registada, Sandoca asseverou que a embarcação deverá começar a navegar neste primeiro trimestre as águas do rio Zambeze, tirando os passageiros do seu martírio pois, actualmente, viajam de embarcações privadas e muito lentas que levam cerca de três dias para chegar ao seu destino.
Outra vantagem é o facto de o novo barco ter a capacidade para transportar pelo menos duas viaturas ligeiras, daí a razão da pressão dos cidadãos para o governo pôr em funcionamento a embarcação, que tem a capacidade para acomodar 90 passageiros.
A AIM soube ainda da fonte que, paralelamente às correcções das obras para a acostagem, o governo está à procura de um gestor para a nova embarcação, tendo sido lançado um concurso público para o efeito.
As águas do rio Zambeze são usadas para o transporte não só de passageiros, como também de diversas mercadorias, com enfoque para o pescado, nomeadamente chicoa e kapenta, esta última espécie de grande valor comercial e, por isso, produto de exportação, de que a província de Tete tanto se regozija.
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AIM