O Vice-ministro moçambicano do Interior, José Coimbra, considera que o uso dos crachás de identificação pela Polícia, incluindo a de Transito, é obrigatória e sublinhou que o cumprimento desta obrigatoriedade vai entrar em vigor até finais de Março próximo.
Coimbra contraria, desta forma, as declarações recentes do porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, segundo as quais a ostentação de crachás de identificação por parte dos agentes da Polícia de Transito, quando em serviço, na via pública, não é obrigatória.
O governante falava nesta sexta-feira à Rádio Moçambique (RM), em Gaza, durante a visita que se encontra a efectuar àquela província do sul do país, face ao posicionamento que levantou acesos debates depois de se constatar que contraria o legislado.
Coimbra disse que a medida, de carácter obrigatório, visa maior controle na prevenção e combate aos alegados casos de extorsão, protagonizados por alguns agentes da Polícia de Trânsito, durante a sua actuação.
De acordo com ele, todo o funcionário público deve identificar-se, no exercício da sua actividade, pelo que o processo de identificação está a decorrer. Disse esperar que até ao final do primeiro semestre se consiga abranger todo o funcionário do Estado afecto ao Ministério do Interior.
A Polícia de Trânsito não é uma excepção. Há-de reparar que alguns estão identificados. Já têm crachás de identificação. Outros não os têm. E estes que não os têm estão neste âmbito de melhorarmos o processo de reforma na administração pública. O cumprimento desta obrigatoriedade vai entrar em vigor até finais de Março, disse.
Explicou que a purificação das fileiras é uma constante, no seio da corporação, com vista a combater o comportamento dalguns agentes da Polícia que mancham a instituição.
Durante a sua estada em Gaza, o vice-ministro do Interior vai escalar os distritos de Guijá, Chigubo, Massingir, Chókwè, Mandlakaze e Xai-Xai, locais onde vai interagir com os comandos distritais.
Anacleto Mercedes (ALM)/ff
AIM – 20.01.2016