O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, baleado semana passada, em plena luz do dia, na cidade da Beira, foi atingido na aorta, uma grande artéria que sai do ventrículo esquerdo do coração e que é o tronco comum das artérias que levam o sangue arterial a todas as partes do corpo, e encontra-se sob os cuidados intensivos num hospital sul-africano.
No dia em que ele foi ferido, pese embora tenha sabido descrever o acontecimento e referido que o disparo foi efectuado com recurso a uma arma de guerra (Kalashnikov), afinal a situação é bastante agrave, o que sugere que o estado clínico “estável” descrito pelo seu partido visava evitar conter agonias.
A bala que atingiu o político, que é também deputado da Assembleia da República (AR), “passou pela sexta costela e a dois centímetros da aorta, estando alojada muito perto da artéria”, segundo a Euronews, que cita um membro do maior partido da oposição.
Refira-se que esta semana, Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse que a corporação já dispõe de pistas que podem levarão à detenção dos mentores do baleamento de Manuel Bissopo e morte do seu guarda-costas.
Entretanto, a lista que a Polícia detém, dos crimes por esclarecer, é extensa e tendo em conta o que tem feito neste contexto tudo não passa de um discurso de entretenimento com vista a desviar as atenções da sociedade, que espera ver clarificada, por exemplo, a morte de Gilles Cistac, Paulo Machava, Dinis Silica, de Paulo Danger Man, entre outras vítimas.
Aliás, está ainda por esclarecer, conforme a promessa da PRM, o atendado à caravana do líder da Renamo, em Setembro passado, em Chibata, na província de Manica, e tantos outros incidentes a este partido.
@VERDADE - 29.01.2016