A COMISSÃO Política da Frelimo considera o actual movimento massivo do povo nas marchas pela paz, preservação da unidade nacional e de repúdio aos ataques protagonizados pela Renamo contra as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e alvos civis um acto de heroísmo que revela a vontade dos moçambicanos de continuar com a batalha contra todas as adversidades rumo ao progresso do país.
Um comunicado recebido na nossa Redacção refere que, sob a direcção do Presidente Filipe Jacinto Nyusi, a Comissão Política do partido no poder reuniu-se quarta-feira na sua 61.ª Sessão Ordinária para analisar a situação política, económica e social actual do país.
O órgão saudou a Polícia da República de Moçambique (PRM) e outras Forças de Defesa e Segurança pelo seu empenho na prevenção e combate ao crime, na protecção das populações e na manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas em todo o território nacional.
Renovou o seu sentimento de repúdio e condenação aos actos trágicos que vêm sendo protagonizados pela Renamo e Afonso Dhlakama, que ameaça e mata cidadãos através dos seus homens armados, criando instabilidade e insegurança no seio da sociedade.
A Comissão Política do Partido Frelimo encorajou o Presidente da República a continuar com a sua postura de diálogo com todas asforças vivas da sociedade, incluindo a Renamo, na busca de soluções para uma paz efectiva e duradoira no país.
Congratulou o Chefe do Estado pela inauguração na passada sexta-feira da Central Termoeléctrica a Gás Natural localizada no posto administrativo de Ressano Garcia, distrito da Moamba, província de Maputo.
Saudou o Presidente da Repúblicapela sua participação no Seminário Nacional de Capacitação de Gestores deEscolas Secundárias, que tem lugar desde segunda-feirana cidade de Maputo, uma plataforma segura na transmissão de competênciasaos alunos.
A Comissão Política saudou também o Governo moçambicano pelo esforço empreendido com vista a minorar o sofrimento das populações afectadas pelas calamidades naturais, com maior enfoque para as cheias e inundações que atingiram algumas províncias das zonas norte e centro, e pela estiagem que abala as províncias do sul de Moçambique.
Reiterou a exortação ao povo moçambicano, em geral, e aos cidadão que residem em zonas propensas a cheias e inundações, em particular, a se fixarem em zonas seguras e exortou ainda aos cidadãos afectados pela estiagem a aderirem aos programas de introdução de culturas resistentes à seca e conservação da água, de modo a evitar perdas de vidas humanas.
Regozijou-se pela forma como o presidente do partido dirigiu a realização do IV Congresso da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que teve lugar de 10 a 13 de Fevereiro corrente na Escola Central da Frelimo e saudou o trabalho realizado pelo Gabinete Central de Preparação do evento e os órgãos eleitos, em particular a nova secretária-geral da organização, Mariazinha Niquisse.
A Comissão Políticafoi informada sobre o decurso dos trabalhos da II Sessão Ordinária da Assembleia da República, tendo saudado a chefia, o Conselho de Chefia e encorajado os deputados da bancada parlamentar da Frelimo a continuarem a honrar e dignificar o mandato que o povo lhes conferiu.
AFIRMA PRESIDENTE DA CTA: PAÍS PODE RESVALAR PARA O COLAPSO
O RECRUDESCIMENTO dos ataques armados perpetrados por homens supostamente da Renamo nas regiões sul e centro contra alvos civis, militares bem como a infra-estruturas socioeconómicas pode ter repercussões negativas no desempenho económico do país nos próximos tempos.
A constatação foi feita esta segunda-feira, na cidade da Maxixe, pelo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Rogério Manuel, durante a Assembleia-Geral deste organismo a nível da província de Inhambane.
Para Rogério Manuel, o comportamento da Renamo de recorrer às armas para alegadamente tomar o poder atenta contra princípios democráticos e pode provocar um colapso económico, pois grande parte dos investimentos nacionais e estrangeiros em curso nas zonas rurais pode ser paralisada.
“Temos muitos investidores que contraíram empréstimos bancários para financiar seus projectos nas zonas rurais. Trata-se de iniciativas que desenvolvem essas regiões, por criar oportunidades de emprego para as comunidades locais, mas por causa da guerra podem ser paralisadas”, disse Rogério Manuel, afirmando ainda que esses investidores já manifestaram a sua preocupação pelo facto de não saberem como vão obter o retorno dos seus investimentos de modo a saldar as dívidas na banca.
O presidente da CTA disse ser urgente que o líder da Renamo, Afonso Dlakhama, pense no seu país como um todo e nas pessoas que nesta altura estão refugiadas e outras que ainda procuram refúgio nas matas e outros lugares para escapar à morte.
“Há necessidade de se ter em conta que há milhares de alunos que não estão a estudar por causa das atrocidades dos homens da Renamo, camponeses que deixaram de produzir comida para combater a fome e consequentemente reduzir a dependência económica”, lamentou Rogério Manuel, para quem a guerra será um retrocesso para o país, que começa a ter algumas actividades paralisadas.
Rogério Manuel reiterou que as repercussões negativas, sociais e económicas que o país está a sofrer nestes dias, desde que a Renamo retomou as suas incursões armadas, retraem o investimento estrangeiro que tinha como objectivo alavancar o desenvolvimento do país.
“Com esta atitude da Renamo o país vai perder milhões de dólares que muitos investidores poderão retirar do país, o clima de instabilidade vai retrair o movimento turístico e ainda reduzir o movimento de viaturas nas estradas nacionais, sobretudo a Nacional Número Um por onde circulam os veículos que ligam o sul e norte do país transportando passageiros e mercadorias, prejudicando a economia”, lamentou Rogério Manuel.
NOTÍCIAS – 26.02.2016