"O governo de Moçambique deve investigar com urgência as alegações de execuções sumárias, abusos sexuais e maus-tratos por parte das suas forças armadas na província de Tete", ndica um comunicado da organização de defesa dos direitos humanos. Acnur/Arq
A Human Rights Watch (HRW) instou, terça-feira (23), o governo de Moçambique a investigar "com urgência" alegados abusos cometidos pelo exército na província de Tete, que levaram pelo menos seis mil pessoas a fugir para o Malawi.
"O governo de Moçambique deve investigar com urgência as alegações de execuções sumárias, abusos sexuais e maus-tratos por parte das suas forças armadas na província de Tete", indica um comunicado da organização de defesa dos direitos humanos, citado pela Lusa.
Desde outubro último, pouco depois de terem começado as operações do exército para desarmar milícias ligadas ao principal partido da oposição de Moçambique -a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) -, pelo menos seis mil pessoas trocaram Moçambique "por condições precárias no Malawi", onde passaram a viver em acampamentos, com apoio de organismos internacionais.
O governo de Moçambique e o presidente da República, Filipe Nyusi, só recentemente admitiram a existência de refugiados moçambicanos no vizinho Malawi, depois de terem procurado classificar o êxodo de populações para aquele país como um movimento sazonal em busca de melhores condições agrícolas e não como resultado do conflito entre milícias da Renamo e tropas governamentais na região centro do país.
AFRICA21 DIGITAL .23.02.2016
NOTA: Só o Governo de Moçambique não vê, não sabe e nem quer saber das reais razões desta fuga para o Malawi. E reparem que na sua grande maioria são mulheres e crianças. Onde estão os homens?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE