Ainda a governação da Renamo
Depois de Afonso Dhlakama ter dito, no início desta semana, que a Renamo vai governar as províncias onde teve a maioria de votação, ontem foi a vez do deputado e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, reiterar que a governação da Renamo é mesmo irreversível.
A partir do pódio do mais alto órgão legislativo do país, a Assembleia da República, José Manteigas disse que o seu partido vai no corrente mês de Março implantar a sua máquina governativa nas cinco províncias onde reclama vitória.
Segundo Manteigas, custe o que custar, doa a quem doer, a Renamo vai governar. Segundo Manteigas, actualmente, o processo não depende da Renamo, mas sim, alega Manteigas “do povo”.
Explicou ainda que a transição governativa será feita de forma pacífica, sem qualquer sinal de violência e que, para tal, a Renamo conta com a colaboração do partido no poder, a Frelimo.
“Estamos em pleno mês de Marco. É isso mesmo, vem aí governação da Renamo. É uma realidade, não há, nem deve haver dúvidas. A Renamo vai governar as províncias onde ganhou no dia 15 de Outubro de 2014. Contudo, esperamos que a Frelimo entenda e colabore com esta posição porque, custe o que custar, a Renamo vai governar nestas províncias, o povo assim quer”- disparou José Manteigas, deputado da Renamo.
Comiche lamenta
Por outro lado, a Frelimo, na voz do veterano e conceituado deputado, Eneas Comiche, lamentou e acusou a Renamo de estar a matar cidadãos inocentes e ainda de não estar interessado no diálogo, afirmando ser a única e melhor via de resolução de qualquer diferendo.
Segundo avançou Comiche, a prova viva do desinteresse dos homens da “Perdiz” em retomar o diálogo, foi demonstrada aquando do convite formulado pelo Presidente da República, a quatro do corrente mês. Este partido, de acordo com Comiche, respondeu com um ataque a um autocarro da Nagi Investimentos na estrada nacional numero sete, na zona de Honde, província de Manica.
Entretanto, a Renamo tem estado a negar autoria de ataques a alvos civis e indefesos.(Ilódio Bata)
MEDIA FAX – 17.03.2016