Correspondênci@ Electrónic@ por: Noé Nhantumbo – Beira
Há decisões que um dia devem ser tomadas pois sem isso tudo continuará emperrado.
É prerrogativa do PR nomear e demitir seus colaboradores e os critérios para que isso aconteça também são da sua prerrogativa.
Mas pelo andar dos acontecimentos e pelas capacidades demonstradas por diversos integrantes de sua máquina há alguma coisa que deve ser feita.
Uma coisa é ter sido colocado na equipa em obediência a acordos ou alguma premiação por desempenho fora do vulgar durante a campanha eleitoral e outra bem diferente é ser competente e conhecedor do pelouro em que se está actuando.
Outra também diferente é possuir como único triunfo o ser membro do partido. O PR precisa de mostrar sinais de que está efectivamente engajado na despartidarização do aparelho do estado e nesse sentido possui um vasto leque de moçambicanos onde poderá ir buscar colaboradores que não tenham que ser necessariamente membros da Frelimo. É preciso ter a coragem de dar o exemplo. Há que começar por algum ponto e quem sabe se seria um exemplo capital demitir um ministro e vice-ministro incompetentes e substituí-los por moçambicanos de outras cores partidárias ou outros sem partido ou filiação conhecida?
Houve décadas de exclusão que cimentaram posições que acabaram recalcando mentes e promovendo ao fim de tudo uma grosseira mediocridade.
Há déficits reais de qualidade na acção governativa que importa combater para melhorar a governação e para que esta comece a produzir os impactos desejados pelos moçambicanos.
Nada vale enchermos as páginas dos jornais com formalismo e pompa, moçambicanos brilhando em vestidos que não conseguem tirar algo audível e credível de suas bocas mas chamam-se ministros e vice-ministros.
Cabe ao PR e seus assessores explorarem este assunto de suma importância e tomar as decisões pertinentes.
Se alguma coisa tem que ser feita isso é dotar o governo de moçambicanos com as mais altas qualificações, competências técnicas e ética comprovada.
O governo moçambicano não pode ser abrigo de incompetentes como já foi a extinta direcção de apoio e controlo que albergava administradores reformados ou exonerados.
O AUTARCA – 16.03.2016