QUARENTA armas de fogo do tipo AKM, sete pistolas e quantidades não especificadas de pedras preciosas e/ou semi-preciosas foram ontem apreendidas pela Polícia na cidade de Maputo, numa operação que visou a sede da Renamo e a residência do seu líder na capital.
Segundo dados apurados pela nossa Reportagem, na residência de Afonso Dhlakama, localizada defronte da Praça do Destacamento Feminino, foram encontradas 38 AKM, sete pistolas e as restantes duas AKM foram descobertas na sede da Renamo.
Na mesma operação foi possível apreender quantidades não especificadas de munições de armas diversas e equipamento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
A apreensão daqueles artefactos de guerra enquadra-se numa operação de recolha de armas em mãos alheias que tem sido desencadeada pelas autoridades policiais e foi possível graças a denúncias populares.
Bernardino Rafael, comandante da PRM na cidade de Maputo, explicou ontem a jornalistas que a apreensão dessas armas é em cumprimento de mais uma missão da Polícia, que visa recolher armas em mãos alheias e que na sua maioria são usadas para a prática de vários crimes.
“Tomámos nota duma informação de que naqueles locais havia armas que saiam e entravam, daí que desencadeámos um trabalho que culminou com a apreensão das mesmas. Isto só veio a confirmar que a informação que tínhamos era verídica”, disse o oficial superior da Polícia.
Afirmou que a existência de armas em mãos alheias pode estar na origem do recrudescimento da onda de criminalidade na capital, com destaque para assalto a residências, estabelecimentos comerciais, entre outros actos criminais.
“Num trabalho preliminar feito pela Polícia foi possível constatar que algumas armas foram usadas a menos de um mês, não se sabendo o que é que estavam a fazer. Vamos continuar a trabalhar no sentido de recolher armas nas mãos alheias”, disse.
Entretanto, Bernardino Rafael disse que foram notificados quatro guardas que foram encontrados na sede e residência de Afonso Dhhakama para prestarem alguns depoimentos para se saber de quem é este material bélico.
“Nós somos fiéis depositários dessas armas, até que venham nos explicar de quem são e o que os pretenso donos fazem com esse material de guerra”, disse Bernardino Rafael.
Entretanto, ainda ontem a Polícia na capital do país deteve 99 indivíduos nas chamadas barreiras da Maxaquene, indiciados de vadiagem, furto, roubos e assaltos à mão armada.
NOTÍCIAS – 28.03.2016