O combate à corrupção, tal como nos tem sido apresentado, sem visão de conjunto, em parangonas parceladas ou em catadupas, corre o risco de parecer ser a única panaceia para todos os males sociais, económicos e políticos do quotidiano. Ora, equacionando essa forma de comunicação e cultura, até que ponto esta cruzada contra a corrupção servirá desígnios antagónicos de outros poderes políticos, incentivando um sentimento iconoclasta generalizado, a disseminar na sociedade? Porém, a tal acontecer, essa ideia não seria inovadora.
Na antiga Grécia, o legislador e demagogo Pisístrato (c. 600 - 527 a.C.) foi pioneiro desse método político de tirania.