O terrorismo quer seja na Turquia, Franca, Nigéria, Bélgica em Moçambique, ou qualquer parte do mundo, deve ser condenado e punido, e não ressarcido.
Em Moçambique a estabilidade política nunca estará assegurada enquanto tivermos Afonso Dlhakama, um terrorista confesso na política nacional.
Moçambique tem de adequar o regime jurídico de forma a punir severamente actos de terrorismo contra o Estado de Direito. A idéia da Renamo de governar as províncias em que diz que ganhou, é por si só, inconstitucional, sendo que não se adequa à lei eleitoral, e ao sistema de Governo do nosso país. Pior ainda, tivemos as últimas eleições gerais em Outubro de 2014, e não eleições autárquicas, que o lider da Renamo quer à força impingir aos moçambicanos.
É de uma irresponsabilidade sem tamanho, alguém julgar que pode mudar a constituição com o poder das armas, corporizar para si toda a oposição politica e o direito ao diálogo com o governo. É imperativo que a Renamo e sua ideologia neotribalista desarme imediatamente os seus homens, caso contrário no relógio politico o futuro politico da organização fica comprometido, ou então esses homens dentro em breve serão caçados que nem ratos.(time is runnig out).
Quando a Procuradoria da República afirma que os ataques da Renamo não ficarão impunes ante a justiça, está correcta. O gesto será visto como a panaceia desejável para por cobro a actos de terrorismo praticados contra Nação moçambicana, que há muito fizeram transbordar o limite da tolerância politica. Como forma de dissuasão do problema os prevaricadores incluindo cabecilhas, devem ser presos, julgados e condenados por crimes contra segurança do estado.
O reforço das Leis de segurança é um imperativo nacional, caso contrário seria a confissão de impotência perante o desafio. Sem hesitação pegamos nas armas para erguer uma Nação da qual nos orgulhamos e sem hesitação reforçaremos as leis de forma a tornar mais sustentável a segurança do estado, firmes no propósito de manter a Nação em paz e desenvolvimento económico. A contestação dos resultados das eleições livres e justas, incluindo tentativas de mudanças da Constituição, para satisfazer a ganância pelo poder, são fenómenos que o continente e a região devem combater, privilegiando o Estado de Direito, Democracia, e boa Governação. A contestação dos resultados das eleições livres e justas, incluindo tentativas de mudanças da Constituição, para satisfazer a ganância pelo poder, são fenómenos que o continente e a região devem combater, privilegiando o Estado de Direito, Democracia, e boa Governação.
O líder da Renamo quis fazer da derrota eleitoral um entretenimento político infeliz, que uma vez mais custou a vida de nacionais, e ao ir para as matas pretendeu consubstanciar o trauma da derrota na premissa politica desejada. De propósito foi usando a derrota eleitoral como arma de arremesso até ao terrorismo, como o fez no passado, para obrigar o governo a sentar-se á mesa de negociações. Pergunto se essa é a forma de fazer política , ou é uma característica terceiro mundista, onde os interesses adjacentes políticos económicos estrangeiros estão sempre presentes, de forma mais ou menos encapotada, usando testas de ferro e traidores? Na mente de Dlhakama o bluff resulta e o terrorismo compensa, conquanto desarmar os seus homens, implicará mais exigências, e mais cedências, como todas as falsetes inventadas, até à satisfação e consagração da vontade do chefe tribal.
Contudo não me parece haver nada de palpável a ganhar do governo, senão a ruptura total com sectores moderados do partido Frelimo, e o atiçar de ânimos. É que para a linha dura do partido do governo, ele já devia estar fora de acção. O processo democrático é irreversível, e toda essa gente da igreja, com os seus spotlights da vergonha, mais a UE com os seus bitâites sem nexo , e que Dlhakama confessou gostar de os ter como mediadores, deveriam ter vergonha na cara, e também deveriam pôr a mão na consciência. Não se pode premiar o terrorismo. E quando menciono o grupo Bilderberg por detrás destas manobras, faço- com a consciência tranquila apôs observação de protagonismo comprometedores, como sucedeu aquando da intervenção da Chatham House, que é parte do Bilderberg , na reunião do Comité Central, que antecedeu à nomeação de Filipe NyusI, como presidente do partido Frelimo; Dlhakama nas recorrentes diatribes sempre mencionou Durão Barroso. O dedo destas organizações está sempre presente, quando existe chantagem política à democracia e interesses económicos de monta, como é o caso de Moçambique. Enquanto um diz que o seu papel é o reforço das democracias, o outro desestabiliza as mesma democracias...
Mas vamos pôr a mão na ferida. A dita organização terá pressionado no timing e exigir ao líder da Renamo para mais uma vez roer a corda aos compromissos com a democracia, tentar humilhar o governo de Moçambique, para mais exigências. Depois ainda enumerar potênciais mediadores e neste caso a UE e não a União Africana.
Quem foi que fez no ano passado a entrega de um cheque de 1 milhão de dólares a Dlhakama na cidade de Nampula?
Com este provocar de colisão, Dlhakama esperava que o acto se tornasse viral em benefício da sua causa virulenta, como parte estratégica de obrigar o governo a concessões. Certo que o governo deve ser firme, e não permissivo a este tipo de manobras , mas estamos a falar de organização que se acha acima de qualquer democracia e que se sentem por razões ideológicas, pouco a vontade com o patriotismo do partido Frelimo no poder.
Um executivo de Filipe Nyusi deve saber dar uma resposta cabal e definitiva, dôa a quem doer. Quando a UE diz que o governo deve excusar-se de usar a violência para resolver o diferendo, fico revoltado com a ousadia e tamanha hipocrisia. Se existe desconfiança na democracia representativa actual africana, deve-se à existência deste tipo de situações, onde o estado parece vulnerabilizado, incapaz de realizar reformas, ou tomar decisões políticas de certo alcance.
Não importa que nos chamem de ditadores, quando somos pela liberdade e estamos do lado da razão e da Lei. Um estado dando sinais de incapacidade de enfrentar os interesses dos poderosos lobbies, ou dos grupos de pressão de cidadãos, ou mesmo incapaz dar um (knock-out)as forças residuais da Renamo tem tudo a seu desfavor.
O presente remanesce assombrado, e que como cidadãos de um mundo global, assistimos a um desafio degradante e terceiro mundista, de que somos parte. Quando presenciamos indivíduos que não conseguindo formular uma alternância política, usam o terrorismo como arma, o governo deve agir firme e por cobro à situação, pois quem fica mal na fotografia perante o cidadão é o mundo é o governo e mais ninguém. Dlhakama e os seus comparsas sabem disso. Somos africanos e membros da Sadac, e por mais que saibamos que por detrás da cortina os que professam a ideologia colonial fascista, continuam a ser a retaguarda da Renamo, assim como a organizações sinistras, movida dos seus interesses político económico empresariais, o peso do governo de Moçambique deveria impôr-se no plano regional e internacional. Afinal para que serve a diplomacia secreta?
É que ninguém vai mudar a natureza da Renamo, senão o reforço das Leis e a dissuasão politica através das FDS.O que o governo deve exigir é o desarme incondicional da Renamo, caso a organização queira participar no processo democrático e o resto é conversa.
Inacio Natividade
Ps.No plano geopolítico estratégico actual parece que as ex-potências coloniais está-lhe reservado pelo seus parceiros da Comunidade Europeia, tarefa do género, pontas de lança em Africa. Neste contexto espero que a visita em Maio de Marcelo Rebelo de Sousa seja a visita de um amigo e presidente de pais e povo amigos, com o qual partilhamos a mesma língua, para reforço das relações bilaterais ;e não sejamos surpreendidos com presentes envenenados de Juncker, Barroso ,Bilderberg e da ultra direita europeia capazes de condenar o terrorismo na Europa e bater palmas ao mesmo terrorismo quando praticado em Moçambique. Marcelo Rebelo de Sousa será certamente diferente do daqueles que condecoraram agentes da PIDE –DGS que cometeram crimes contra humanidade no tempo colonial em Moçambique
Inacio Natividade
JORNAL DOMINGO – 27.03.2016