Transportavam militares para Gorongosa
Dois machimbombos da transportadora “Nagi Investimentos” que levavam duas companhias de tropas governamentais foram atacados no passado sábado,19 de Março, por homens armados que se supõe que sejam da Renamo.
O ataque aos machimbombos, que transportavam cerca de 200 homens e que tinham como destino a Gorongosa, ocorreu no final da manhã na região Cardoso, localidade de Sambauarendo, posto administrativo de Chimuara, distrito de Mopeia, província da Zambézia.
Segundo confirmaram fontes militares da Renamo, a emboscada ocorreu na ponte sobre o rio Chirabha, quando os dois autocarros foram metralhados com fogo intenso a curta distância, após informação de que cerca de 200 militares estavam a entrar na Gorongosa transportados pela “Nagi Investimentos” naquele sábado.
Segundo as nossas fontes, houve vítimas mortais, que não incluem os motoristas.
A Renamo informou também que outros efectivos das forças governamentais foram vistos na sexta-feira a cruzarem Alto Molócuè, em direcção à província de Nampula, concretamente em Murrupula, onde nos últimos dias ocorrem confrontos entre as forças beligerantes.
Incendiada sede da Renamo no Ile
Outras informações da província da Zambézia indicam que homens supostamente ligados ao partido Frelimo queimaram, na noite de quinta para sexta-feira, a sede da Delegação Política da Renamo no posto administrativo de Socone, distrito do Ile.
O delegado político distrital da Renamo participou a ocorrência à PRM, aguardando resultado da investigação das autoridades.
“Não há vítimas a lamentar desta acção criminosa”, disse uma fonte da Renamo.
Morrumbala
José Cachorro, familiar de cidadãos raptados na semana passada disse, que as vítimas continuam desaparecidas.
José Cachorro disse que ainda continuam desaparecidos Garden Nssussuke (pastor da Igreja do Nazareno, residente em Nawela); Gonçalves Rafael Ndzero (chefe da povoação e filho do régulo Ndzero); Maganão Aniva Nsussa; e Isaías, conhecido como “Tira Camisa!” (antigo major da Renamo e actualmente empresário da área da madeira). (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 21.03.2016