A governadora da província central de Sofala, Maria Helena Taipo, denunciou, terça-feira última, na vila de Muxúnguè, que homens armados da Renamo raptaram e assassinaram cinco líderes comunitários.
Uma das vítimas é uma anciã, que foi torturada na sua própria residência no povoado de Hamamba.
Aqui em Muxúnguè os homens da Renamo estão a matar pessoas influentes e alguns líderes comunitários. Na semana passada três pessoas identificadas por Jacob Muchanga (camponês), Muchenua Machava (anciã) e João Sevene Moiana (camponês) foram mortos pela Renamo, acusou a governadora de Sofala.
A governante é citada pelo jornal Noticias como tendo dito que, além de Chibabava, os homens da Renamo também protagonizam os mesmos actos nalguns distritos da província, uma situação condenável pois Moçambique é um Estado de Direito e, por isso, ninguém deve tirar a vida ao outro.
Taipo, que falava num comício em Muxúnguè, pediu à população local para ser portadora de uma mensagem ao líder da Renamo para este aceitar o diálogo sem pré-condições com o Presidente da República, de modo a ultrapassar a tensão política e cujas consequências recaem directamente sobre o povo.
Queremos que a Renamo ponha mão na consciência e pare de destruir o que o Governo e a população estão a construir com muito esforço e sacrifício. Não queremos órfãos neste distrito. Por isso, quero dizer-vos que estamos juntos, porque nós somos um Governo do povo para o povo, destacou a governadora de Sofala.
MAD/SG
AIM – 24.03.2016