Parece desumano, mas tudo nos leva a, sem rodeios, concluir que os moçambicanos em Kapise, no Malawi, por mais que doía dize-lo, foram parar naquelas condições, por vontade própria, segundo o esforço que tentamos fazer em compreender este fenómeno, desde que eclodiu.
Vamos por parte, e a primeira é que voluntariamente as populações de algumas povoações de Nkondedzi ao receberem clandestinamente homens armados, provenientes da região de conflito de Muxungue e Maringue e com eles conviver, sem denunciar o facto de serem portadores de armas, estiveram voluntariamente a faltar ao seu dever patriótico de contribuir para a paz que tanto ansiamos durante todos estes anos.
Conviver com a Renamo, como fazemo-lo em cada canto deste paz, em cada autocarro, em cada escola, em cada mercado formal ou informal, mesmo na casa mais respeitada de Moçambique, a Assembleia da República. Mas esconder armas em casas disfarçadas em bases militares flexiveis, é crime. O crime aumenta quando a partir dessas casas saem os ataques contra as forcas de defesa e segurança do nosso país, as legitimas portadoras de armas para a defesa de todos nós!
Este primeiro acto voluntário resultou na fuga das suas regiões que, enganados de todos os estilos, aceitaram que estava prestes a vir uma governação que, se falhasse recorrer-se-ia às mesmas armas para fazer pressão politica com o intuito de governar a que preço fosse.
A fuga dos homens armados da Renamo, inicialmente vindos de Maringue e Muxungue, mais as pessoas que voluntariamente lhes deram guarita, na reacção das FDS, não foi em debandada, não! A fuga em debandada nunca tem um sentido, nesse caso o Malawi, para ir fixar-se naquele centro e condições miseráveis que esta semana fui ver debaixo do meu queijo e dos meus olhos.
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