A polícia do Quénia apreendeu terça-feira marfim avaliado em pouco mais de 62 mil dólares americanos que se acredita ter saído de Moçambique e seguia com destino a Tailândia.
As autoridades policiais daquele país da África Oriental, que descobriram a mercadoria, afirmam que a mesma estava bem disfarçada, como se de pedras preciosas se tratassem.
A polícia queniana afirma que está a procura dos traficantes deste marfim e, para o efeito, encetou contactos com as autoridades moçambicanas e tailandesas.
No entanto, contactado hoje pela AIM, o porta-voz do Comando Geral da PRM, Inácio Dina, disse que não podia adiantar quaisquer informações por (até a altura do contacto) não possuir ainda detalhes sobre o assunto.
Os contactos que as autoridades quenianas afirmam ter efectuado podem, segundo Dina, ter sido através do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), como entidade que superintende o ramo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ou mesmo por via do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC).
Ainda não tenho nenhuma informação sobre a matéria até porque os contactos que afirmam ter feito com as autoridades moçambicanas podem ter sido feitas através de várias entidades do nosso país, explicou Dina.
Todavia, a apreensão acontece numa altura em que o Serviço Queniano de Fauna Bravia (KWS) se preparava para incinerar hoje uma grande quantidade de marfim e cornos de rinoceronte contrabandeados.
A medida demonstra a determinação do Quénia com vista a conservação e preservação de espécies ameaçadas. Segundo o governo daquele país, cerca de 120 toneladas de marfim serão queimadas como prova do seu engajamento no combate ao comércio de espécies bem como a caça furtiva.
(AIM – 30.03.2016