MALEANE. Já está a ser fácil perceber a chamada de Adriano Maleane para ministro da Economia e Finanças. Com a sua vasta experiência bancária e de muitos anos a negociar com instituições financeiras internacionais, exímio em contas públicas, o antigo governador do Banco Central de Moçambique (BM) em momentos de crise acentuada, lá foi aconselhando o melhor que pôde, nos casos em que era para isso chamado, e eram muitos, face aos dos mandatos que antecederam a entrada de Nyusi. Adriano Maleane foi chamado para andar a apagar os fogos criados até ano antepassado. E para isso terá sido convencido, ou talvez não. Só resta saber as vezes que o Maleane atirou a toalha ao chão, de tanto se irritar com tudo isto…se ainda não o fez, nunca lhe faltou vontade. Demissão? Na Frelimo isso é proibido...
………
PM tenta evitar romper com FMI
Até sexta-feira, Carlos Agostinho do Rosário vai tentar evitar o romper das relações que parece certo do lado do Fundo Monetário Internacional (FMI), na sequência de uma dívida ocultada cometida ainda no período guebuziano.
Se o governo não pôde se explicar aos moçambicanos, atravez da Assembleia da República, então fá-lo às instituições financeiras internacionais com a corda no pescoço.
Em nota, o gabinete do pimeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, explica a visita: “confirmar o total da dívida contraída pelas empresas públicas, com garantias do Estado, que não aparecem nas estatísticas e não foram reportadas ao FMI, no contexto do Programa Económico em curso, por motivos que serão abordados durante os encontros” agendados com a directora-geral do FMI, Christine Lagarde e responsáveis a nível do Banco Mundial, ainda com as autoridades norte-americanas.
Paralelamente a esta visita, está também agendada a deslocação a Washington de uma delegação técnica do Ministério da Economia e Finanças para, junto do FMI, “aprofundar aspectos técnicos relacionados com a dívida pública do país”, ainda a mesma nota.
EXPRESSO – 19.04.2016