A polícia moçambicana informou hoje que vai reprimir qualquer marcha ilegal, em alusão a mensagens anónimas que circulam nas redes socais convocando uma manifestação contra a recente descoberta de avultadas dívidas secretamente contraídas pelo Estado.
"A Polícia encontra-se a trabalhar e está pronta para reprimir qualquer marcha ilegal que possa pôr em causa a ordem pública", disse o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na habitual conferência de imprensa de balanço da semana.
Com a recente descoberta de avultadas dívidas, contraídas à revelia da Assembleia da República, circulam nas redes sociais mensagens convocando manifestações, algumas das quais convidando os moçambicanos a "paralisarem o país", entre os dias 03 e 07 de Maio, datas que coincidem com a visita do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, a Moçambique.
O porta-voz da PRM na cidade de Maputo garantiu que a corporação está pronta para garantir a ordem e segurança, condenando as pessoas que "usam as redes sociais para alimentar intrigas".
"A polícia condena, veementemente, estes indivíduos que estão a alimentar boatos e desordem pública", reiterou o porta-voz da PRM.
No final de março, o Wall Street Journal noticiou um empréstimo de 622 milhões de dólares, garantido pelo Estado, à empresa estatal Proindicus, contraído em 2013 através dos bancos Credit Suisse e do russo VTB Bank, que terão convidado os investidores a aumentarem o valor para 900 milhões, um ano depois.
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