O governo da África do Sul vai decidir, no final do mês em curso, se põe termo a proibição internacional sobre a venda e compra de cornos do rinoceronte, medida que visa preservar a espécie em risco de extinção.
A nova medida, considerada uma viragem táctica, visa preservar os animais e para assegurar o seu efeito poder-se-á por termo ao banimento imposto há 40 anos, sobre a compra e venda de cornos dos paquidermes.
A vizinha África do Sul é considerada o país com a maior população animal desta espécie, mas a braços com sérios problemas de caça furtiva para a extracção de cornos, com elevado valor no mercado, em particular nos países asiáticos onde são usados na medicina tradicional.
Segundo os registos das autoridades das áreas de conservação, cerca de 1175 animais foram abatidos no ano transacto, em consequência da acção da caça furtiva. Os rinocerontes foram, na sua maioria, cortados o respectivo corno.
Rancher John Hume, citado pela agência noticiosa Reuters, disse que três ou mais animais são mortos numa base diária, daí a possibilidade de mudar de método para travar até mesmo vencer a guerra contra a caça furtiva.
Segundo Hume, que defende a adopção da medida, esta mudança de método visa garantir que o futuro dos animais em risco de extinção seja menos penoso.
A fonte defende o levantamento da proibição global imposta em 1977 e a introdução de fortes mecanismos de monitoria e, por conseguinte, o comércio legal.
Em finais de Março, a polícia do Quénia apreendeu marfim avaliado em pouco mais de 62 mil dólares americanos que se acredita ter saído de Moçambique e seguia com destino a Tailândia.
Ainda em meados do mesmo mês, a Polícia moçambicana (PRM) apreendeu aproximadamente 77 quilogramas de cornos de rinocerontes em pleno Aeroporto Internacional de Maputo, na capital do país. Segundo a corporação, os cornos estavam escondidos em duas malas que continham mais seis quilogramas de garras e dentes de leões.
Em meados do ano transacto, Moçambique, que partilha o Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo com a África do Sul, incinerou mais de uma tonelada de cornos de rinoceronte, no quadro de esforços de combate à caça furtiva.
AAP/LE/mz
AIM – 13.04.2016