Os ataques dos homens da Renamo, na região Centro de Moçambique, estão, de certo modo, a influenciar a subida ou flutuação de preços de produtos de primeira necessidade na província de Tete (centro - noroeste), onde os agentes económicos alocam as suas mercadorias de forma faseada por recearem perde-las de uma única vez.
A farinha de milho, arroz, ovos, açúcar e óleo de cozinha são alguns dos produtos básicos mais procurados nos estabelecimentos comerciais, principalmente na cidade de Tete, a capital da província com mesmo nome, porque as quantidades fornecidas não tem correspondido a demanda.
O director provincial da Indústria e Comércio em Tete, João Feliciano, constatou hoje que os preços daqueles e outros produtos têm sido agravados devido à maior procura, uma vez que os agentes económicos trazem para Tete poucas quantidades, já que não desejam perder tudo numa só viagem, em caso de ataque durante o percurso.
Falamos com os agentes económicos. Eles dizem que não podem trazer para Tete grandes quantidades porque receiam que possam perder tudo durante o percurso. As poucas quantidades que trazem estimulam a especulação, mas nós, o Governo, estamos a sensibilizá-los, explicando-lhes que o Governo moçambicano está a trabalhar para que a tensão político-militar tenha o seu fim, disse João Feliciano.
O director provincial da Indústria e Comércio de Tete afirmou que a sua instituição tem vindo a monitorar a situação da flutuação de preços, para que os consumidores não encontrem dificuldades para a compra de produtos. Explicamos aos comerciantes que a subida de preços não deve ser exorbitante, porque castiga o cidadão, afirmou.
Actualmente, principalmente na cidade de Tete, a farinha de milho é vendida entre 60 e 80 meticais o quilograma. O açúcar castanho está a 65 meticais cada quilograma. Antes, o quilograma da farinha de milho ou do açúcar castanho custava cerca de 45 meticais (o dólar equivale a aproximadamente 60 meticais). O favo de ovos é vendido por 185 a 190 meticais, contra os anteriores 170 meticais.
Os preços variam mediante a procura. Explicamos aos agentes económicos que não se deve especular os preços, apesar da actual situação político-militar, disse o director provincial da Indústria e Comércio de Tete.
Fungai Caetano (colaboração) /mz
AIM – 07.06.2016