A Frelimo, partido no poder em Moçambique, afirmou hoje que os 41 anos de independência que o país assinala no dia 25 devem ser uma oportunidade para uma reflexão sobre a emancipação económica e preservação da paz.
"A etapa que se segue tem a ver com a produção e aumento da produtividade, a aposta deve ser a emancipação económica, temos ainda na agricultura um dos principais fatores de desenvolvimento do nosso país", afirmou, em conferência de imprensa, o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), António Niquice, a propósito do 41.º da independência nacional e do 52º aniversário da criação movimento, que se assinalam ambos no dia 25.
Niquice afirmou que os imensos recursos naturais que o país tem vindo a descobrir nos últimos anos serão uma importante mais-valia no alcance da independência económica e criação de prosperidade para a população moçambicana.
A manutenção da paz e da unidade nacional, prosseguiu o porta-voz da Frelimo, serão também formas de preservar as conquistas alcançadas com a independência do país em 25 de junho de 1975.
"Que o povo moçambicano continue firme na valorização das conquistas da independência, a questão da paz é extremamente importante, pelo que enaltecemos os esforços encetados pelo Presidente da República (Filipe Nyusi) de uma maior abertura no sentido do diálogo e prontidão incondicional para a paz", realçou o porta-voz do partido no poder em Moçambique.
António Niquice assinalou que os objetivos pretendidos pela Frelimo com o alcance da independência nacional, nomeadamente o desenvolvimento económico e social e o combate à pobreza, foram duramente afetados pela guerra civil de 16 anos, que terminou em 1992.
"Nós avaliamos de forma positiva os 41 anos de independência, tendo em conta os desafios que nos foram impostos no período logo a seguir, um período de crise provocado por uma guerra brutal e de desestabilização", acrescentou António Niquice.
Questionado sobre opiniões expressas por membros históricos do partido de que o mesmo pode ficar fragilizado e em risco de perder os próximos processos eleitorais devido à associação de dirigentes a escândalos de corrupção, António Niquice destacou que "a Frelimo é um partido de transformações e que lidera as mudanças".
PMA // APN
Lusa – 24.06.2016