Autoridades malawianas chegam a acordo com Moçambique para a garantia da segurança na Estrada nacional número sete (EN7), no centro do País.
Malawi anuncia acordo com o governo de Moçambique para escoltar os camiões malawianos que circulam na EN7, palco de ataques protagonizados pelos homens armados da Renamo.
O anúncio foi feito pelo Ministro malawiano dos Transportes e Obras Públicas, Malison Ndau, na sequência dos contactos em curso com o governo moçambicano para garantir a segurança nas estradas nacionais, em particular àquelas que são usadas pelos transportadores malawianos.
“ Chegámos a acordo com o governo de Moçambique para escoltar as nossas viaturas e essa escolta já começou. Outra área que discutimos é a possibilidade de explorar o transporte aéreo e fluvial, mas é uma possibilidade remota”, frisou o ministro malawiano dos Transportes e Obras Públicas.
Por outro lado, o antigo Presidente do Malawi, Bakili Muluzi, disse ser urgente a restauração da paz efectiva em Moçambique.
Muluzi disse que gostaria de ver Moçambique em Paz e manifestou a disposição dos líderes africanos em ajudar o governo moçambicano e o líder da Renamo Afonso Dhlakama, nesse processo.
“Há cerca de um mês participei num encontro em Adis-Abeba na Etiópia. Lá estava o antigo presidente, Joaquim Chissano, e esta questão foi levantada como uma preocupação e pedimos ao antigo estadista moçambicano que explicasse o que se estava a passar. E os que estavam no encontro, juntamente com o antigo presidente Joaquim Chissano, decidiram que deveríamos estar disponíveis para ajudar o governo moçambicano bem como o líder da Renamo Afonso Dhlakama. Se bem se lembram há cerca de vinte anos nós tivemos um milhão de refugiados moçambicanos no Malawi. Com a paz, eles voltaram e agora estão a retornar”, Bakili Muluzi, antigo presidente do Malawi, destacando a necessidade de ver Moçambique em Paz.
RM Lilongwe – 17.06.2016
NOTA: Pelo que se entende o Malawi passou a escoltar as suas viaturas em território moçambicano. Será? Assim sendo o conflito está oficialmente internacionalizado. Mesmo sem declaração de Estado de Sítio.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE