Busca de alternativas para contornar tensão política em Moçambique
O Malawi, que está cada vez mais a evitar as estradas nacionais de Moçambique, assinou um acordo para usar a linha férrea entre Tanzânia e Zâmbia para importação de 48 milhões de litros de combustível durante o próximo ano através do porto de Dar-Es-Salaam.
Importando cerca de 60% do combustível via Porto da Beira, 10% do Porto de Nacala e outros 30% através de Dar-Es-Salaam, segundo as autoridades locais, a medida daquele país vizinho, surge como consequência do conflito politico/militar no país, e o Malawi está nos últimos tempos a procura de rotas alternativas.
Harare, Zimbabué, que recebe o combustível a partir do porto da Beira, disse que também pretendia aumentar as importações através do porto de Dar-Es-Salaam.
A 20 de Junho corrente, uma delegação do Malawi visitou Dar-Es-Salaam e fez um acordo com a Tanzânia para uso da Zâmbia Railway Authority (TAZARA) para importar 48 milhões de litros ao longo de 12 meses, a partir de Julho 2016 (14% do consumo de combustível do Malawi).
Tanzânia, como “um dos estados mais estáveis da África “, poderia estar em melhor posição para beneficiar das necessidades dos países do interland, segundo o entendimento local.
TAZARA diz que está em negociações para importar 14 milhões de litros de combustível por mês para a Zâmbia e para a República Democrática do Congo, também a partir do próximo mês.
O entendimento assente é que, se Moçambique mostrar-se incapaz de garantir a segurança do tráfego rodoviário e por linha férrea, os países dependentes não têm outra alternativa, senão usar a via mais longa, mas, segura.
O Malawi reconhece que enquanto a situação continuar tensa em Moçambique, a sua economia irá continuar a ressentir-se negativamente. (Raf. Ricardo com zitamar news)
MEDIA FAX – 28.06.2016