Durante as jornadas científicas do Banco Central realizadas sexta-feira, na cidade da Matola, o Governador do Banco Central anunciou que as exportações do país estão em queda desde o ano 2013 e que até 2015 reduziram 12.8%.
Pelo facto das exportações ainda serem insignificantes e estarem a cair, Ernesto Gove solicitou aos participantes soluções para o problema. Instantes depois, o economista Ragendra de Sousa pediu a palavra para apontar os culpados pela situação. De acordo com economista, o país não tem empresários capazes de impulsionar as exportações. No entanto, reagindo a esta posição, o banqueiro Prakash Ratilal considera que a culpa não é dos empresários, mas da falta de ambiente de negócios favorável ao sector privado. Para Ratilal, o país tem vindo a acumular problemas que não ajudam ao sector privado a avançar. Entre eles, está a falta de incentivos à actividade económica.
Ainda assim, Ragendra de Sousa interveio novamente, tendo acrescentado que o comodismo é o principal problema dos empresários nacionais.
Ratilal foi mais longe e falou do súbito disparo da dívida pública. E desafiou o Banco Central a trabalhar arduamente para tornar a economia nacional previsível. E, por fim, Ratilal diz que deve-se criar uma escola no país direccionada à formação básica de gestores para que saibam prever e assumir riscos. Outra sugestão, defendida por Ragendra, é enviar mais moçambicanos para estudarem fora do país.
O PAÍS – 19.06.2016