Filipe Jacinto Nyusi, o nosso Presidente da República, segue uma lógica de pensamento de difícil entendimento, para quem lhe segue os passos, dá sinais claros de que ele não actua nem fala por vontade própria. Ele age como um simples porta-voz das forças mais conservadoras e reaccionárias do seu pretensioso partido Frelimo. Nyusi é capaz de, de manhã, dizer uma coisa e, a tarde, falar, exactamente, o contrário do que afirmou antes. Ou melhor ainda, pode dizer e não, em simultâneo. Ele parece ser um boneco inteligente nas mãos dos poderosos da Frelimo porque o manipulam sempre quiserem. Sabe desempenhar, com muita mestria, o papel de um fantoche. Talvez esteja a agradecer àqueles que o colocaram no poder com recurso a uma magna fraude eleitoral, à mistura com violência policial e manipulação dos órgãos eleitorais, desde o secretariado geral, comissão nacional eleitoral até ao conselho Constitucional.
Tudo viciado e tudo contaminado. Vimos logo no começo do seu mandato que, depois de receber o líder da Renamo e declarado que poderia se concluir um acordo, os seus camaradas da comissão política espalharam-se pelas províncias para esvaziar as suas declarações. Vimos um Nyusi atolado e sem jeito nenhum. Muita gente chegou a pensar que ele não tinha força porque não tinha a máquina partidária sob o seu comando. Enganaram-se os que assim haviam pensado. Entregue o partido, Nyusi não deu, até ao presente momento, nenhum passo significativo. Tudo continua na mesma – máquina obsoleta, envelhecida, enferrujada e, sobretudo, entorpecida.
Recentemente, Nyusi reconheceu que as dívidas que o governo de Armando Governo contraí são ilegais e, até, criminosas, mas, volte-face, mandou o seu governo para dizer assumir de que se trata de uma “dívida soberana”.
Como se pode entender tamanha contradição na mesma pessoa? – Difícil entender o que se passa com Nyusi, mas é tudo menos normal. É uma dívida contraída por privados, o governo Nyusi assume como se de dívida de todo o povo fosse. É uma dívida inconstitucional e criminosa cujos autores deveriam estar presos, Nyusi manda o povo mergulhrar no povo enquanto os seus autores aparecem em praças públicas feitos de professores de moral e mandar recados para o povo.
Em Portugal, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates foi acusado de ter roubado cerca de 14 milhões de euros, foi preso e, hoje, está em prisão domiciliária, com uma pulseira electrónica. Entre nós, o promotor das dívidas ocultas de dois mil milhões de dólares, que afundaram, completamente, a economia nacional, atirando-a para o fundo do poço, passeia a sua classe, assobiando para o ar, numa verdadeira gozação e concede entrevistas sarcásticas. Nada, até agora, de anormal lhe aconteceu. O que José Sócrates é acusado de ter roubado é uma ninharia comparado com o dinheiro que se supõe que tenha ficado fora pelas mãos dos autores da dívida com que Moçambique está a braços.
Guebuza violou a constituição quando contornou a assembleia da República para aqueles volumes de dívidas e o dinheiro não entrou nos cofres do Estado moçambicano. Quer dizer, ficou nas contas dos promotores de alguns governantes intervenientes desse endividamento. Apesar do reconhecimento público do ilegal endividamento, Nyusi instruíu a bancada parlamentar do seu partido para votar de modo a que essa dívida seja pública.
O mais grave de tudo isso consiste nas últimas declarações de Nyusi segundo as quais a auditoria forense internacional e independente seria aceite depois dos rsultados das instituições nacionais. Este posicionamento marca um recuo de 180° graus, um recuo total. Afinal, quem exige uma auditoria forense internacional e independente não apenas são os credores que foram aldrabados, mas também o povo inteiro. A incongruência de Nyusi está a levar o país a um verdadeiro descalabro generalizado. Vale recordar que, de dia, Nyusi, também, fala da paz, todavia, ao fim do dia, envia jovens das FADM e da FIR para irem combater o seu adversário que reclama justiça eleitoral, queimar as casas de camponeses, raptores e assassinar pessoas identificadas como da oposição ou apoiantes. Nyusi fala dos direitos humanos, porém, os raptos e assassinatos de cunho eminentemente políticos vão subindo de intensidade e frequência, semeando o terror nas cidades e nas nas zonas rurais.
O apego que Nyusi está a demonstrar à legalidade é uma grande falsidade. Diz ele que as conversações, ora em curso, em Maputo, entre as delegaões do governo da Renamo devem cingir-se, estritamente, à lei e fez a questão de oferecer aos mediadores a Constituição da República e a Lei Eleitoral, para servirem de balizas. Recordamos que se a lei for motivo de discórdia política, económica ou social, que seja reformulada ou removida. A lei serve ao homem e pelo homem foi formulada. Ninguém deve ser escravo da lei. No nosso caso não é a lei que está em causa.
Num passado histórico próximo, o colonialismo era um sistema legal, o Apartheid era igualmente legal, o holocausto e a escravatura eram legais, mas os povos uniram-se e lutaram. Por isso, a discriminação e a exclusão quase institucionalizadas podem ser combatidas e a situação, perfeitamente, modifica.
Os recursos nacionais são disponibilizados apenas a pessoas e famílias das elites político-económicas do mesmo partido – partido governamental – e isso não pode ser visto como uma fatalidade. O povo pode lutar para alterar esta maneira de se viver no nosso país. Filipe Nyusi tem que começar a portar-se como o presidente de todos os moçambicanos e não apenas dos membros do seu partido que arrancou, coom recurso à fraude e violência, a vitória à oposição, segundo uma vez declarou Armando Guebuza. Nyusi em exercício de sobe-desce Filipe Jacinto Nyusi, o nosso Presidente da República, segue uma lógica de pensamento de difícil entendimento, para quem lhe segue os passos, dá sinais claros de que ele não actua nem fala por vontade própria. Ele age como um simples porta-voz das forças mais conservadoras e reaccionárias do seu pretensioso partido Frelimo.
Nyusi é capaz de, de manhã, dizer uma coisa e, a tarde, falar, exactamente, o contrário do que afirmou antes. Ou melhor ainda, pode dizer e não, em simultâneo. Ele parece ser um boneco inteligente nas mãos dos poderosos da Frelimo porque o manipulam sempre quiserem. Sabe desempenhar, com muita mestria, o papel de um fantoche. Talvez esteja a agradecer àqueles que o colocaram no poder com recurso a uma magna fraude eleitoral, à mistura com violência policial e manipulação dos órgãos eleitorais, desde o secretariado geral, comissão nacional eleitoral até ao conselho Constitucional. Tudo viciado e tudo contaminado.
Vimos logo no começo do seu mandato que, depois de receber o líder da Renamo e declarado que poderia se concluir um acordo, os seus camaradas da comissão política espalharam-se pelas províncias para esvaziar as suas declarações. Vimos um Nyusi atolado e sem jeito nenhum. Muita gente chegou a pensar que ele não tinha força porque não tinha a máquina partidária sob o seu comando. Enganaram-se os que assim haviam pensado. Entregue o partido, Nyusi não deu, até ao presente momento, nenhum passo significativo.
Tudo continua na mesma – máquina obsoleta, envelhecida, enferrujada e, sobretudo, entorpecida. Recentemente, Nyusi reconheceu que as dívidas que o governo de Armando Governo contraí são ilegais e, até, criminosas, mas, volte-face, mandou o seu governo para dizer assumir de que se trata de uma “dívida soberana”. Como se pode entender tamanha contradição na mesma pessoa? – Difícil entender o que se passa com Nyusi, mas é tudo menos normal. É uma dívida contraída por privados, o governo Nyusi assume como se de dívida de todo o povo fosse. É uma dívida inconstitucional e criminosa cujos autores deveriam estar presos, Nyusi manda o povo mergulhrar no povo enquanto os seus autores aparecem em praças públicas feitos de professores de moral e mandar recados para o povo.
Em Portugal, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates foi acusado de ter roubado cerca de 14 milhões de euros, foi preso e, hoje, está em prisão domiciliária, com uma pulseira electrónica.
Entre nós, o promotor das dívidas ocultas de dois mil milhões de dólares, que afundaram, completamente, a economia nacional, atirando-a para o fundo do poço, passeia a sua classe, assobiando para o ar, numa verdadeira gozação e concede entrevistas sarcásticas. Nada, até agora, de anormal lhe aconteceu. Guebuza violou a constituição quando contornou a Assembleia da República para aqueles volumes de dívidas e acredita-se que o dinheiro não entrou nos cofres do Estado moçambicano. Quer dizer, ficou entre os promotores de alguns governantes intervenientes desse endividamento. Apesar do reconhecimento público do ilegal endividamento, Nyusi instruíu a bancada parlamentar do seu partido para votar de modo a que essa dívida seja pública.
O mais grave de tudo isso consiste nas últimas declarações de Nyusi segundo as quais a auditoria forense internacional e independente seria aceite depois dos rsultados das instituições nacionais. Este posicionamento marca um recuo de 180° graus, um recuo total. Afinal, quem exige uma auditoria forense internacional e independente não apenas são os credores que foram aldrabados, mas também o povo inteiro. A incongruência de Nyusi está a levar o país a um verdadeiro descalabro generalizado. Vale recordar que, de dia, Nyusi, também, fala da paz, todavia, ao fim do dia, envia jovens das FADM e da FIR para irem combater o seu adversário que reclama justiça eleitoral, queimar as casas de camponeses, raptores e assassinar pessoas identificadas como da oposição ou apoiantes. Nyusi fala dos direitos humanos, porém, os raptos e assassinatos de cunho eminentemente políticos vão subindo de intensidade e frequência, semeando o terror nas cidades e nas nas zonas rurais.
O apego que Nyusi está a demonstrar à legalidade é uma grande falsidade. Diz ele que as conversações, ora em curso, em Maputo, entre as delegaões do governo da Renamo devem cingir-se, estritamente, à lei e fez a questão de oferecer aos mediadores a Constituição da República e a Lei Eleitoral, para servirem de balizas. Que se a lei for motivo de discórdia política, económica ou social, que seja reformulada ou removida. A lei serve ao homem e pelo homem foi formulada. Ninguém deve ser escravo da lei. No nosso caso não é a lei que está em causa.
Lembrar que, num passado histórico próximo, o colonialismo era um sistema legal, o Apartheid era igualmente legal, o holocausto e a escravatura eram legais, mas os povos uniram-se e lutaram. Por isso, a discriminação e a exclusão quase institucionalizadas podem ser combatidas e a situação, perfeitamente, modifica. Os recursos nacionais são disponibilizados apenas a pessoas e famílias das elites político-económicas do mesmo partido – partido governamental – e isso não pode ser visto como uma eterna fatalidade. O povo pode lutar para alterar esta maneira de se viver no nosso país.
Sabem os dirigentes da Frelimo que a governação das seis províncias reclamadas pela Renamo for aceite vai marcar o desmoronamento da hegemonia do partido dos camaradas. As células que amedrontam os funcionários públicos nas instituições do Estados serão erradicadas, ninguém será descontado a partir da folha de salário para quotizações. A Frelimo deixará de beneficiar dos serviços públicos e passará a ser como mais um partido e perderá a couraça de que se sobrepõe para intimidar as pessoas e, fundamentalmente, já não poderá dar ordens nas FADM, na FIR e no SISE para perseguir e prender cidadãos que discordam dela.
Filipe Nyusi tem que começar a portar-se como o presidente de todos os moçambicanos e não apenas dos membros do seu partido que arrancou, coom recurso à fraude e violência, a vitória à oposição, segundo uma vez declarou Armando Guebuza.
Edwin Hounnou